quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Tamba Trio - Tamba - 1966


Músicos
Luizinho Eça (piano e arranjos)
Bebeto (baixo e flauta)
Ohana (bateria)

Músicas
01 - Canto de Ossanha (Baden Powell/Vinícius de Moraes)
02 - Minha (Francis Hime/Ruy Guerra)
03 - Iemanjá (Gilberto Gil/Othon Bastos)
04 - Canção do Nosso Amor (Silveira/Dalto)
05 - Quem Me Dera (Caetano Veloso)
06 - Sem Mais Adeus (Francis Hime/Vinícius de Moraes)
07 - Procissão (Gilberto Gil)
08 - Imagem (Luís Eça/Aloysio de Oliveira)
09 - Pra Dizer Adeus (Edu Lobo/Torquato Neto)
10 - Tristeza (Haroldo Lobo/Niltinho Tristeza)
11 - No Carnaval (Caetano Veloso/Jota)
12 - Veleiro (Edu Lobo)

* Taí um discão. Se vocês não encontrarem, falem comigo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Maratona Cross Country de Búzios - RJ

4ª Maratona Cross Country de Búzios - 10/11/2012


Búzios é a cidade mais charmosa da Região dos Lagos. É aqui que será realizada a 4ª. Maratona Cross Country de Búzios. As inscrições estão esgotadas. Infelizmente. Bom, eu também não iria encarar uma pedreira dessas.

Trata-se da primeira prova de 42km dessa modalidade realizada no Brasil. A iniciativa partiu de um sonho antigo de Bernardo Tillman, carioca, de 30 anos e sócio da assessoria esportiva Tribus Adventures. Apaixonado por Búzios desde criança, ele resolveu juntar os treinos que fazia pela região numa maratona. O porém é que Bernardo já tem alguns Ironmen no currículo, inclusive já participou do Mundial, no Havaí, e os seus treinos não são leves. A largada, às 7h, e a chegada serão na Rua das Pedras. O término da maratona está previsto para as 15h.

Os primeiros quilômetros pela Orla Bardot são planos. O maior problema é justamente o desnivelamento do chão, feito de pedras e paralelepípedos.

Após 1,5km de corrida, os competidores irão deparar com uma íngreme ladeira na altura da Praia de João Fernandes. É quase impossível subi-la correndo. Então, não é vergonha caminhar neste pedaço, já que ainda tem muito chão pela frente. Essa ladeira não é a única, já que a altimetria varia muito em todo o percurso, especialmente nos primeiros 21km. De João Fernandes, os corredores seguem em direção à Praia Brava. Depois, continuam pela Praia do Forno até chegar na Ferradura. Pode dar um mergulho rápido, a água é fria, mas recomendo

A próxima praia do percurso é Geribá, no quilômetro 21. Os corredores partem para a areia. Como a prova pode ser feita sozinho, em dupla ou em quarteto (10,5km para cada um), é nesta praia, a mais badalada de Búzios, que ocorre a transição nas duplas.

Logo no início da segunda metade está o ponto mais bonito da prova. Após completar a Praia de Tucuns, pela areia, os corredores se deparam com uma íngreme trilha no fim do canto direito. É o acesso para um mirante, que tamnbém é utilizado como pista por pilotos de parapente. Visual. À direita, é possível ver Búzios quase que por inteira, e à esquerda, Cabo Frio. Da vontade de parar de correr e apenas sentir a briza.

A segunda metade do percurso segue por dentro de Búzios, longe do litoral. Os corredores avançam por trilhas, por uma fazenda, ater chegar à praia Rasa, onde começa um longo trecho de areia, que só termina após percorrer toda a Praia de Manguinhos. A partir daí, a altimetria começa a variar novamente. É preciso subir e descer um morro para chegar à Praia da Tartaruga (tem tartaruga).

O percurso tem cerca de 14km na areia, 2km no asfalto, 9km no paralelepípedo e 17km são feitos por trilhas e terra batida. Haja fôlego. Já estou cansado.

Búzios na Sola do Pé. Anote:

Kit da Prova – A entrega será feita somente no dia 9, das 14h às 22h, no Hotel Atlântico Búzios.

Largada – Às 7h, na Rua das Pedras.

Altimetria – O ponto mais alto da prova será no km 21, com cerca de 180m. Há outros dois com cerca de 100m, antes do 5km.

Boa sorte.

*Esse artigo foi publicado no Jornal O Globo de 19/10/2012 - Victor Costa (victor.costa@oglobo.com.br)


Tamba Trio - compacto duplo - 1965



Músicos
Luiz Eça (piano)
Bebeto Castilho (contrabaixo e flauta)
Rubens Ohana (bateria)

Músicas
01 – Reza (Edu Lobo)
02 – Samblues (César Camargo Mariano)
03 – Só Tinha De Ser Com Você (Tom Jobim)
04 – Samba De Verão (Paulo Sérgio/Marcos Valle)

Esse disquinho aí não foi lançado oficialmente em CD, portatno é difícil achar. Qualquer coisa posso dar uma dica.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Garota de Ipanema - O Filme - Tamba Trio e Chico Buarque




Tamba Trio com Luizinho Eça, Bebeto e Ohana ao fundo. 

Tamba Trio - Saluda a Mexico - 1966



Músicos
Luiz Eça (piano)
Bebeto Castilho (baixo e flauta)
Rubens Ohana (bateria)
Músicas
01 - La Chica de Ipanema (BR = Garota de Ipanema) - (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)
02 - Corcovado (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)
03 - Solo Bailo Samba (Só Danço Samba) - (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)
04 – Consolacion (BR = Consolação) - Baden Powell/Vinícius de Moraes)
05 - Berimbau (Baden Powell/Vinícius de Moraes)
06 - Desafinado (Tom Jobim/Newton Mendonça)
07 - Amor en Paz (BR = Amor em Paz) - (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)
08 - Samba de mi Tierra (Samba da Minha Terra) -(Dorival Caymmi)
09 - Reza (Edu Lobo/Ruy Guerra)
10 - El Cerro (O Morro Não Tem Vez) - (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)
11 - Água de Beber (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)

* Esse é um disco difícil. Alô Chris, qualquer coisa fale comigo. Te devo essa.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Moacir Marques - Bijou - No Balanço do Samba - 1961



Músicos
Moacir Marques (sax)
Sergio Carvalho (piano)
Carlinhos (bateria)
Carlinhos (baixo)
Juca (percussão)
Santos (piston)
Edgardo Luiz e Rhayr Vieira (vocal)

Músicas
01. Roda de Samba (Edgardo Luis/Álvaro Franco)
02. Tema do Boneco de Palha (Vera Brasil/Sivan Castelo Neto)
03. Distante do Amor (Edgardo Luis/Álvaro Franco)
04. Mestre Tempo (Moacir Marques - "Bijou)
05. Parti (Ed Lincoln/Silvio César)
06. História Singular (Esdras Pereira da Silva/ Armando Cavalcanti)
07. Vai Todo o Dinheirinho (Norival Reis/Jorge Duarte)
08. Você Tem Que Balançar (Guio de Morais)
09. Samb-dul-ju (Sérgio Carvalho/Paulo Bruce)
10. Canção Solta no Ar (Rildo Hora/Clóvis Mello)
11. Nada Interessa (Edgardo Luis/Amaury Nunes)
12. Vou Fazer Um Samba (Evaldo Gouveia/Almeida Rego)

Eu sempre quis saber quem era "Bijou" ou "Biju". Bijou é Moacir Marques da Silva. Aquele sax maravilhoso que aparece por aí em diversos discos grafado simplesmente como Bijou. Pode ser Moacyr, tudo bem, a grafia não importa. Bijou é Moacyr Marques. Já coloquei  outro disco dele aqui: no blog Jazz e Samba. Grande sax na veia. Tem 2 Carlinhos aí meio perdidos. Já falo sobre eles.

Biju, Bijou, sei lá. Só sei que na década de 70 Bijou gravou com todo mundo. É só conferir nas contracapas. Não sei se já morreu. Deve ter mais de 80. Vou conferir.

Tem mais coisa aqui. http://www.mmbijou.com.br/index.htm 

Esse disco é difícil achar. Boa sorte!


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Tamba Trio - Avanço - 1963



Músicos
Luiz Eça (piano e arranjos)
Bebeto (baixo, sax tenor, sax baritono e flauta)
Helcio Milito (bateria e percussão)
Durval Ferreira (violão)

Músicas
01 - Garota de Ipanema (Tom Jobim/Vinicius de Moraes)
02 - Mas Que Nada (Jorge Ben)
03 - Negro (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli)
04 - Mania de Maria (Luis Bonfá/Maria Helena Toledo)
05 - Vento do Mar (Durval Ferreira/Luis Fernando Freire)
06 - Sonho de Maria (Marcos Valle/Paulo Sergio Valle)
07 - Só Danço Samba (Tom Jobim/ Vinícius de Moraes)
08 - O Samba da Minha Terra (Dorival Caymmi)
09 - Moça Flor (Durval Ferreira/Luis Fernando Freire)
10 - Rio (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli)

11 - Tristeza de Nós Dois (Durval Ferreira/Maurício Einhorn/Bebeto)
12 - Esperança (Durval Ferreira/Luis Fernando Freire/Maurício Einhorn)

* Taí mais um discão do Tamba. Se não acharem, falem comigo.



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Garota de Ipanema - O Filme - 1967



Intérpretes
Elis Regina
Chico Buarque
Nara Leão
Tamba Quarteto
Vinícius de Moraes
Ronnie Von
Baden Powell
MPB-4
Quarteto em Cy
Dori Caymmi

Músicas
1 - Noite dos Mascarados (Chico Buarque) - Elis Regina e Chico Buarque
02 - Lamento do Morro (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) com Nara Leão
03 - Surf Board (Tom Jobim)
04 - Ela É Carioca (Tom Jobim/Vinicius de Moraes) - Tamba Trio
05 - Poema dos Olhos da Amada (Paulo Soledade/Vinicius de Moraes) - Vinicius de Moraes
06 - A Queda (Tom Jobim)
07 - Garota de Ipanema (Tom Jobim/Vinicius de Moraes)
08 - Por Você (Vinicius de Moraes/Francisco Enoé) - Ronnie Von
09 - Chorinho (Chico Buarque) - Chico Buarque
10 - Ária Para Se Morrer de Amor (Vinicius de Moraes) - Baden Powell
11 - Rancho das Namoradas (Ary Barroso/Vinicius de Moraes) - MPB-4/Quarteto Em Cy
12 - Garota de Ipanema (Tom Jobim/Vinicius de Moraes)


*Acho que foi um filme feito às pressas. Leon Hirszman, o dono da fita, fez “Eles não Usam Black-Tie”, “São Bernardo” e outros clássicos.Tem CV. Ainda tem um tal Glauber Rocha nessa fita. Não me lembro qual é sua participação, mas Glauber na época era o máximo.

O filme mostra Márcia Rodrigues, nos seus 17 aninhos, meio deprimida, com um pai tipo João Saldanha, tremendo canastrão no filme. Não podemos levar o filme a sério. Só vale como documentário de uma época, 67, pré 68, “O ano que não terminou”

Tentaram fazer algo como “Um Homme Et Une Femme” do Claude LeLuche, de 1966. Não deu. O original é um clássico, Garota de Ipanema é muito fraco. Colocaram Chico, Elis,Nara, Jobim, Deodato, MPB4, Quarteto Em Cy, etc. Vale o registro. Só. Na minha opinião: fraco.

Se não conseguirem achar essa bolacha, falem comigo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Chris Botti e Katharin McPhee - I´ve Got You Under My Skin



Búzios não vive só de Bossa. Gostamos também  de Jazz.

Bar do Gordo ou Quiosque Porto da Canoa - Búzios



Existe um bar em Búzios, ao lado da Peixaria de Manguinhos, onde você pode tomar uma cerveja gelada, uma caipirinha de primeira, beliscar alguns quitutes de frutos do mar, com uma briza refrescante e um por-do-sol maravilhoso. É o Quiosque Porto da Canoa, conhecido como Bar do Gordo. Você ainda pode comprar uma lagosta na peixaria e pedir para o dono preparar para você. Ao seu gosto. Chique assim. Esqueci de dizer: à sombra da amendoeira. Só falta uma rede para curtir aquela preguiça. É Búzios como antigamente.
Recomendo.

sábado, 13 de outubro de 2012

Herbie Mann - Do The Bossa Nova - 1962



Músicos
Herbie Mann (flauta)
Baden Powell (violão)
Gabriel (baixo)
Papão, Juquinha e Dom Um Romão (bateria)
Sérgio Mendes e Bossa Rio
Paulo Moura (sax alto)
Pedro Paulo (trompete)
Durval Ferreira (guitarra)
Octavio Bailly Jr. (contrabaixo)
Bossa Três
Zezinho e Sua Escola de Samba
Tom Jobim (piano, arranjo e vocal)

Músicas
01 - Deve Ser Amor (Baden Powell/Vinícius de Moraes)
02 - Menina Feia (Oscar Castro Neves)
03 - Amor em Paz (Antonio Carlos Jobim/Vincius de Moraes)
04 - Você e Eu (Carlos Lyra/Vinicius de Moraes)
05 - One Note Samba (Antonio Carlos Jobim/Newton Mendonça)
06 - Blues Walk (Clifford Brown)
07 – Consolação (Baden Powell)
08 - Bossa Velha (Herbie Mann)

Em 16 de julho de 1961, foi realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro o American Jazz Festival. O evento, patrocinado pelo Departamento de Estado Norte-Americano, trousse para o Brasil os mais renomados nomes do jazz: Ben Tucker, Dave Bailey, Ronnie Ball, Al Cohn, Zoot Sims, Kenny Dorham, Curtis Fuller, Herbie Mann e Ray Mantila, Coleman Hawkins, Roy Eldrige, Jo Jones, Tommy Flanagan, Ahmed Abdul Malik, etc.

Existem dois discos sobre essa apresentação: American Jazz Festival – Jazz No Municipal Vols 1 e 2 (1961). Fora de catálogo, óbvio.

Em 1962, Herbie Mann retorna ao Rio para gravar esse disco dedicado a Bossa Nova com os músicos brasileiros que ele havia conhecido um ano antes durante o Festival. Além do disco, Herbie Mann, ainda participa com o Conjunto de Roberto Menescal, do Concerto de Bossa Nova na PUC do Rio de Janeiro.

É meus amigos, é isso mesmo, o Rio já foi chique.


Nesuhi Ertegun, dono da gravadora Atlantic, comanda a parte técnica da gravação do disco. Da esquerda pra direita: Nesuhi, o baixista Gabriel, Vinícius de Moraes, Herbie Mann, Baden Powell e, ao fundo, o baterista Juquinha.
(Livro - Bossa Nova - História Som e Imagem)

Herbie Man e o conjunto Bossa Rio. Da esquerda pra direita: Otávio Bailly, Nesuhi, Paulo Moura, Pedro Paulo, Herbie Mann, Durval Ferreira, Dom Um Romão e Sérgio Mendes. (Livro - Bossa Nova - História Som e Imagem)

Tom Jobim, Herbie Mann, Nesuhi e o técnico de gravação Umberto Contardi, o favorito da Bossa Nova.
(Livro - Bossa Nova - História Som e Imagem)

Roberto Menescal ensina O Barquinho para Herbie Mann.
(Livro - Bossa Nova - História Som e Imagem)

Herbie Man se apresenta com o conjunto de Roberto Menescal, no Concerto Bossa Nova, na PUC do Rio de Janeiro. Na foto, temos Herbie Mann, o flautista Henrique, o vibrafonista Ugo Marota e Roberto Menescal. Ao fundo, a vocalista Climene e o Dori Caymmi.
(Livro - Bossa Nova - História Som e Imagem)

No mesmo concerto, vemos Bebeto Castilho na flauta, Herbie Mann, Hélcio Milito na bateria, Tião Neto no contrabaixo e Luizinho Eça no piano. Ainda na foto, Luiz Carlos Vinhas, o jornalista Ronald Carvalho, Paulo Cesar de Oliveira, Ségio Barrozo, Yara Menescal e o cartunista Eliachar.
(Livro - Bossa Nova - História Som e Imagem)

Essa nata do jazz, após as apresentações (after hours, around midnight), partia para os inferninhos de Copacabana, entre um fuminho e outro, para ouvir e tocar Bossa-Nova em memoráveis jams.

Na porta do Bottles Bar, no famoso Beco das Garrafas (Rio de Janeiro), Herbie Mann, Kenny Dorham, Sérgio Mendes, Bill Horne, Oswaldinho Oliveira Castro, David Bailey, Manuel Gusmão, e Edson Maciel. Agachados, Alberico Campana e Tião Neto. (1962)
(Livro - Bossa Nova - História som e Imagem)

No mesmo Bottles, com o flautista Herbie Mann e o trompetista Kenny Dorhan, acompanhados por Luiz Carlos Vinhas e Tião Neto. À direita, o pianista Sérgio Mendes dando uma olhada nos acordes de Vinhas.
(Livro - Bossa Nova - História Som e Imagem)

Herbie Man, não era um estranho no ninho, já tinha tido contato com a Bossa através de João Donato, que viveu algum tempo na Califórnia tocando com Tito Puente, Mongo Santamaria e Johnny Rodriguez. Vocês podem ler mais sobre esse Festival em

http://hotbeatjazz.wordpress.com/2010/01/08/american-jazz-festival-jazz-no-municipal-vols-1-e-2-1961/

Vale conferir, é um discão. Se não acharem posso dar uma dica.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Astrud Gilberto - Água de Beber



Quem está na segunda voz? Acho que é o Tom Brazil.

Astrud Gilberto - Corcovado



O que é isso?

Astrud Gilberto - Meditação



A gravação não é muito boa.

Astrud Gilberto - Canto de Ossanha




Canta muito.

Astrud Gilberto - Samba de Verão




É mole?

Astrud Gilberto - Bin Bom - 1966



Foi esquecida. A grande Astrud.

Astrud Gilberto - Da Série: Discão



Olhe só o time:
Stanley Turrentine (sax tenor)
Eumir Deodato (piano e arranjo)
Gene Bertoncini, Sam Brown e Sivuca (guitarra)
Bob Mann (guitarra solo)
Ron Carter e George Russel George (baixo)
Airto Moreira, Joao Palma, Dom Um Romão e Dnnis Seiwell  (bateria)
Toots Thielemans (Harmônica)
Hubert Laws, George Marge, Romeo Penque e Jerome Richardson (flauta)

*Pode colocar na agulha. É do bom.

Lennie Dale - Bottles



Lennie Dale
Zimbo Trio
Elis Regina


Ion Muniz - Homenagem



Músicos
Kiko Continentino (piano)
Jefferson Lescowich (contrabaixo)
Clauton Sales (bateria)

Música: Arrocho

Gravado na Modern Sound em 2010.



Edison Machado - Homenagem - 03



Edsin Machado Sexteto

Edison Machado (bateria)
Paulinho Trumpete (trumpete)
Macaé (sax)
Edison Maciel (trombone)
Luiz Paiva (piano)
Luiz alves (contrabaixo)

* Edison Machado , depois de longos anos nos EUA, volta a encontrar a sua velha turma de muitas noitadas cariocas. Infelizmente, ele veio a falecer pouco tempo depois. Foi a útima vez que Edison tocou bateria . Era como se ele  realmente estivesse se despedindo da turma. Saudades.



Edison Machado - Homenagem - 02



Um Sexteto da pesada gravado na Boate People, em 1990, Leblon, Rio de Janeiro.


Edison Machado - Homenagem - 01



Músicos
Edison Machado (bateria)
Ion Muniz (sax)
Aloisio Azevedo (piano)
Ricardo Santos (contrabaixo)

* Já vou falar desse músico sensacional.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Breno Sauer Quinteto - Sambabessa - 1963



Músicos
Breno Sauer (vibrafone)
Olmir Stocker (guitarra)
Osvaldo Carrero (acordeon)
Erne Eger (contrabaixo)
Portinho (bateria)


Músicas
01 – Sambabessa (Olmir Stocker)
02 – Amor e Paz (Tito Madi)
03 – Luciana (Tom Jobim/Vinicius de Moraes)
04 – Canção do Amor Mais Triste (Édson Borges)
05 – Fim de Semana Em Paquetá (João de Barro/Alberto Ribeiro)
06 – Samba da Madrugada (Dora Lopes/Carminha Mascarenhas / Herotides Nascimento)
07 – Liberdade Demais (Hélio Nascimento/Mariano Filho)

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Chiquinho do Acordeon - 1989



Músicos
Aecio Flavio
Mamão (Azimuth)
Roberto Menescal
Bebeto
Ze Menezes
Marcio Montarroyos
Sebastiao Tapajós
Gilson Peranzetta
Hélio Delmiro
Marcos Valle
Luizão Maia
Rildo Hora
Dominguinhos
Misael Hora
Jota Moraes
Jaime Alen
Ricardo Leão
Jamil Joanes
Mauro Senise
Cesar Machado
Zé Carlos

Músicas
01 – Frevendo (Aecio Flávio)
02 – Amo (Aecio Flávio)
03 - Nem pra Voz Nem Pra Sopro (Roberto Menescal)
04 - Sue Ann (Tom Jobim)
05 – Barroquinho (Sebastião Tapajós/Simon Khoury)
06 – Sapoti (Dominguinhos)
07 - Sax Em Branco E Preto (Jota Moraes)
08 - Velho Arvoredo (Hélio Delmiro)
09 – Catedral (Marcos Valle)
10 - Alfa E Ômega (Rildo Hora/Afonso Romana de Santa´Anna)

Chiquinho do Acordeon, ou Romeu Seibel, seu nome verdadeiro, nasceu em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, em 7 de novembro de 1928. Faleceu em 13 de fevereiro de 1993 no Rio de Janeiro. Foi um dos maiores músicos no seu instrumento, além de compositor e arranjador. Acompanhou quase toda a MPB e gravou mais de 30 discos. Trabalhou muito na década de 50. Em 1991, ao lado de Rafael Rabello e da Orquestra de Cordas Brasileiras, grava sua obra máxima, o disco Retratos.

* O disco acima é um grande disco. É de uma sensibilidade incrível. Todos que participaram dessa gravação parecem estar impregnados do espírito do mestre Chiquinho. É o tipo de disco que não pode faltar em nenhuma estante dos amantes da boa música. Recomendo. É difícil achar, como toda música instrumental brasileira. Se ficar difícil falem comigo. Boa sorte.


Eu fico chateado de mostrar o grande mestre Chiquinho tocando na cozinha. Infelizmente temos poucos registros desse grande músico. Se fosse nos EUA isso não aconteceria.
Prometo que vou colocar aqui na pista uma grande apresentação de Chiquinho com Rafael Rabello e Radamés Gnatalli. Mas, vamos nós.







Agora é bonito. Linda homenagem.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ed Lincoln - Biografia Incompleta


Ed Lincoln (Eduardo Lincoln Barbosa Sabóia) – sígno – gêmeos.

Criou o Sambalanço e o Samba-Rock. É conhecido como o “Rei dos Bailes”. Quer mais? O resto é cocoroca na certa.

Nasceu em Fortaleza em 31 de maio de 1932 e faleceu no Rio de Janeiro em 16 de julho de 2012. Segundo o jornal “O Globo”, com insuficiência respiratória e limitação dos movimentos. Eu acho que a insuficiência respiratória foi gerada pela limitação dos movimentos, pois se tem um músico no Brasil que mais se movimentou nos últimos 50 anos foi Ed Lincoln. E como. Vejamos.

Ed Lincoln foi baixista, pianista, arranjador e compositor e se notabilizou pela perícia no órgão. Nascido em uma família musical, Ed Lincoln, aos 16 anos já tocava com um trio na Rádio Iracema em Fortaleza (CE).

Antes de se tornar músico profissional foi redator e revisor do “Jornal do Povo” na sua terra natal, Fortaleza. Aos 18 anos, já no Rio de Janeiro, começa a tocar na Rádio Roquete Pinto para pagar seus estudos de Arquitetura. 

Ed Lincoln foi à Rádio Roquete Pinto acompanhando um grande amigo, músico de Fortaleza, que estava de passagem pelo Rio de Janeiro e solicitou sua companhia quando de sua apresentação nessa rádio. Lá ele travou contato com Luizinho Eça, Johnny Alf e outros grandes músicos, com os quais continuou mantendo um relacionamento de amizade. Nesse ambiente, escola, noite, Rio Zona Sul, conhece a sua verdadeira turma. E, foi a partir dessa amizade, que quando Johnny Alf partiu para São Paulo, saindo da boate Plaza, em Copacabana, Luiz Eça o convidou para formar um trio para tocar local. Embora Ed Lincoln também fosse pianista, assim como Luizinho, este o intimou a comprar um contrabaixo e aprender rapidamente para tocar com ele. Em sete dias Ed Lincoln já dominava os princípios básicos do instrumento. Coisa de um grande músico.

Sua primeira aparição no cenário musical foi na Boate Plaza, em 1955, na Av. Princeza Isabel, no Lido, Copacabana, com Luizinho Eça no piano (arrebentando, como sempre) e Paulo Ney na guitarra (onde foi parar o Paulo Ney?). Eram conhecidos como Trio Plaza. O repertório ia de Ary Barroso (Na Baixa do Sapateiro), Estatutos da Gafieira (Billy Blanco) até Melancolia, primeira música de Luizinho (15 anos), passando, claro, por alguns standards americanos, como era o grande tesão da rapaziada pré-bossa nova. Não eram ainda profissionais. Eram músicos levando umas “jam sessions" sem muito compromisso. O registro desse som está no disco Uma Noite No Plaza – 1955. Ed Lincoln ainda era Eduardo Lincoln.



Logo após a gravação desse disco Luizinho Eça ganha uma bolsa de estudos, financiada pela família Guinle, para estudar em Viena e Ed Lincoln assume os trabalhos: chama o grande amigo e guitarrista Baden Powell, Luis Marinho (contrabaixo) e Claudete Soares como cantora para entrar no grupo.

Em 1956 ele grava com Luiz Bonfá o disco Noite e Dia, ainda como Eduardo Lincoln, só que tocando piano. Os outros componentes da banda são: Carlinhos Lyra na guitarra (surpresa?), Luiz Marinho no contrabaixo e João Stockler na bateria.




De 1955 a 1958, Ed Lincoln toca na Boate Drink (Zona Sul do Rio de Janeiro) e assume a direção musical da gravadora Musidisk de Nilo Sérgio.



1959
Ed Lincoln no contrabaixo.

Em 1959, Ed Lincoln, no contrabaixo, acompanha Djalma Ferreira e Os Milionários do Ritmo no disco Drink no Rio de Janeiro.



Em 1960, já como Ed Lincoln, lança o disco Ao Teu Ouvido.




E Debut (1960)



Também em 1961, lança Órgão Espetacular.



E mais outro, em 1961, Les 4 Cadillacs – Doucement, Novamente.



Nesse mesmo ano ainda lança Lover – The Lovers, Vol. 1 e 2.



Em 1962 lança o disco Álbum Número 2. Estou procurando o Número 1.



1962, escondido, em um trabalho paralelo aos discos de carreira, lança Les 4 Cadillacs – Doucement, Cherie.




Também de 1962, Les 4 Cadillacs – Doucement, Mon Amour. É incrível, são 2 por ano, o Cara não para de trabalhar.



E mais esse em 1962. Lover – Vol. 3 – The Lovers.



Em 1963, lança Ed Lincoln e Seu Piano Seu Órgão Espetacular. Muita gente gosta desse disco, eu já não acho essa cocada toda.


Também em 1963, grava Les 4 Cadillacs. Ed Lincoln volta ao piano. Nesse disco nós temos Durval Ferreira na guitarra, Luis Marinho no contrabaixo e Wilson das Neves na bateria. Aí, sim, um Discão.



Em 1964, depois de sofrer um acidente de carro em 1963 que o tirou do circuito por sete meses, Ed Lincoln lança A Volta. Um clássico.



E volta (aproveitando) também com Les 4 Cadillacs – 1964. Se vocês repararem bem os cadillacs lá de cima são diferentes.



Em 1965 ele descansa, mas já em 1966 ataca com Ed Lincoln/OrlanDivo/Nilo Sergio. As músicas desse disco são composições próprias do trio. Legal. A grafia correta é Orlandivo. Essa americanização dos nomes só pode ser idéia do Nilo Sérgio. Aliás, a maioria dos pseudônimos foi idéia dele. Já falo sobre isso.



Neste mesmo ano, 1966, lança o disco Ed Lincoln. Pela foto da capa já dá pra sacar o que rola nessa bolacha.



Em 1967, lança Ed Lincoln – Órgão e Piano Elétrico. Ainda não sei se esse disco foi lançado em 67 ou 1971. Tenho que conferir.



1968 – disco Ed Lincoln, simplesmente.



Nos anos 70, Ed Lincoln se torna o Rei dos Bailes. Sempre acompanhado de grandes músicos que mais tarde teriam carreiras brilhantes. Alguns como: Claudio Roditi, Márcio Montarroyos, Durval Ferreira, Emílio Santiago, Rubens Bassini, Orlandivo, Sílvio Cezar e muitos outros.

1989, depois de muito tempo, lança o disco Novo Toque.



É muito difícil escrever sobre Ed Lincoln, é muita coisa, é uma biografia que não acaba nunca.

Depois do contrabaixo e do piano Ed Lincoln começa a tocar órgão. Não é aquele som careta das igrejas (Bach como exceção), é simplesmente um Hammond, grande objeto de desejo dos pianistas da época. Eumir Deodato deitou e rolou nessas teclas. Ed Lincoln foi fundo, criou um estilo, uma marca: o Sambalanço, a Bossa Nova para dançar. Você acha que é pouco? Ed Lincoln se torna o Rei dos Bailes e das Festinhas. Só dava ele.

Quando eu falo de festinhas não é nada pejorativo, são músicos da pesada que estavam nessa marola, alguns ainda garotos aprendendo o ofício. Garotada: Bebeto Castilho (mais tarde Tamba Trio), Wilson das Neves (Chico Buarque), Durval Ferreira (Os Gatos), Cláudio Roditi (mundo), Luiz Alves (craque), Paulinho Trompete (sem comentários), Alex Malheiros e Márcio Montarroyos (monstros). Essa era a turma do Ed Lincoln.

Lógico, o artista também precisa "comprar o leite do caçula e o sapato da mulher". Os anos 60 e 70 foram anos difíceis para todo mundo. Era só porrada. Todo mundo radicalizando. Ed Lincoln foi à luta, colocou seu órgão na pista e vamos nós. Juro que não vou falar em política, mas sempre fico envolvido, inevitável. Impossível não falar do entrelaçamento da política e da arte com o momento histórico, ambas caminham juntas.

O mercado dos músicos na época (com a invasão dos cabeludos de Liverpool) era as boates, som ao vivo, pancadão, inferninhos, underground, muita fumaça (não era proibido fumar em ambiente fechado), whisky e o Beco das Garrafas com suas domingueiras que faziam a cabeça da rapaziada antenada que não comia ninguém, só tocava e consumia aqueles comprimidinhos da Farmácia do Leme. Alguns músicos foram para Los Angeles (EUA) encontrar outros doidões, outros pra costa leste a procura de um som mais cool. Ed Lincoln queria mais é baile, libido, “check to check”, aí ele se criou. Foram muitos discos.

Não podemos esquecer que Ed Lincoln nas horas “vagas” ainda compunha sucessos e fazia arranjos para grandes músicos que se tornariam medalhões da MPB.

Músicas:
- Olhou Pra Mim – gravada pelo Bossa Três em 1962. Grande sucesso.
- Que Saudades – gravada pelo Trio Surdina – 1963.
- Saudade, Solidão, Olhou Pra Mim - Orlandivo – 1963. Nesse disco os arranjos são de Ed Lincoln.
- Amor Demais – Elis Regina - O Fino do Fino – 1965.

Nessa onda de pseudônimos vamos ver mais algumas coisas do grande Ed Lincoln:






















A partir dos anos 90 Ed Lincoln, fascinado pela Internet e todo avanço digital da mídia, passa a viver em seu estúdio procurando novos sons e novas possibilidades. Um gênio.

Eu tenho certeza que não escrevi nem a metade sobre quem foi Ed Lincoln. Isso é apenas a ponta do iceberg.

Quando fiquei sabendo que Ed Lincoln havia morrido me lembrei que havia muito tempo não ouvia falar nada sobre ele. Foi assim também com Altamiro Carrilho. Uma morte seguida da outra. Onde andavam esses músicos maravilhosos? Não podemos nos esquecer também do nosso grande maestro Severino Araújo que se foi na mesma revoada.

Não me propus escrever uma biografia, apenas algumas recordações.

Saudades do Ed Lincoln.