sábado, 18 de junho de 2011

Jackson do Pandeiro - Chiclete Com Banana

Raul de Souza e Zimbo Trio

Luiz Carlos Vinhas

Tom, João e Bonfá na Praia

Astrud e Stan Getz: Garota de Ipanema - 1964

Flora Purim e Stan Getz - Sandália Dela

Músicos da Noite de São Paulo - década de 60

Autor(a): Lafayette Hohagen

história publicada em 22/2/2011 no site http://www.saopaulominhacidade.com.br/list.asp?ID=4937

Algumas casas noturnas de São Paulo fizeram história. Muitas abrigaram alguns de nossos maiores músicos e cantores, outras deram oportunidade para aqueles em começo de carreira.

Podemos mencionar Cave, Stardust, Djalma, Juão Sebastião Bar, Ela Cravo e Canela, L'Amiral, Barba Azul, O Jogral, A Baiúca, Oasis, o bar do Hotel Cambridge, o Captain's Bar, do Hotel Comodoro, os barzinhos da Galeria Metrópole e até aquelas casas de frequência duvidosa, mas que davam espaço para os músicos da noite para não só mostrarem o seu valor, como também ajudar em seus sustentos.

Era comum cruzar com músicos correndo pelas ruas na madrugada, pois a maioria tocava em duas ou mais casas na mesma noite. Durante o intervalo de uma, tocava na outra. Muitas vezes ainda, durante esses intervalos, ensaiavam na formação de novos conjuntos. Músicos do Zimbo, do Jongo, do Sambalanço e outros, foram exemplos desta prática.

Essa era a vida do músico da noite, que também se dividia entre estúdios de gravação e orquestras de bailes.

Na época, os grandes clubes como Pinheiros, Homs, Paulistano, Tênis Clube, Casa de Portugal, salão do Aeroporto, eram os lugares ideais para os bailes de formatura e de debutantes, e as orquestras eram realmente as grandes atrações. As agendas de Silvio Mazzuca, Osmar Milani, Simonetti, e Luiz Arruda Paes eram disputadíssimas. Havia músicos que eram verdadeiros astros, como o saxofonista Bolão e o baterista Turquinho, que faziam solo em todos os bailes, arrancando aplausos e gritinhos, o trumpetista Papudinho, o guitarrista Edgard Gianullo e muitos outros também eram deste time. A maioria desses músicos era da noite.

A boate Djalma's, que tinha sido comprada pela dupla Luiz Vassalo e Paulo Kaloubek, dividia com a Baiúca e o Stardust, a melhor música da Praça Roosevelt, o elenco era simplesmente fantástico.

Fomos convidados a dirigir alguns shows e a única exigência que nos foi feita é que o elenco musical teria que ser aquele. Podíamos agregar o que achássemos conveniente para um bom espetáculo, mas "não mexam nos músicos da casa", nos recomendou um dos donos, de maneira bem incisiva.

Eram empresários da noite, não entendiam nada de música e sim de negócios. Tinham outras casas, inclusive um bar, que ficava em cima de um posto de gasolina, ao lado do jóquei (até hoje existe o posto), que era famoso na época pelas moças que ali frequentavam. O uísque, diziam ser de procedência duvidosa, mas nunca vimos nenhum cliente reclamar.

Mas, voltando ao elenco musical do Djalma's, quando soubemos quem eram os músicos com os quais teríamos que trabalhar, uau! Simplesmente ficamos boquiabertos. Eram considerados ícones da noite paulistana.

Luiz Melo (piano), Xu Viana (contrabaixo), Turquinho (bateria), Papudinho (trompete), Kuntz (sax e flauta) e Hector Costita (sax e clarinete).

Com certeza Luiz Vassalo e Paulo Kaloubek não faziam ideia do nível de música que tinham. O primeiro pocket-show que produzimos foi com o sexteto, algumas bailarinas e o sambista Germano Mathias. A ideia era também agradar os turistas, já que bons hotéis estavam nas imediações, e um trabalho de divulgação estava sendo feito. E deu resultado. A casa vivia cheia e o público curtia bastante o show.

Do outro lado da praça, estava o Stardust, da dupla Hugo e Alan. Eles eram muito bons, tocavam sucessos internacionais e dividiam a música da casa com o sambista Jair Rodrigues e músicos como Heraldo do Monte e o excelente Aires um violonista muito admirado pelos colegas.

Jair costumava cruzar a praça para ouvir aqueles músicos formidáveis e dar uma canja no final da noite. Numa destas vezes, nos apresentou um cantor jovem de nome Moacir, que estava desempregado, e cantava muito bem. Tinha muito balanço, era simpático e comunicativo. Pediu-nos que déssemos uma força ao rapaz. De fato, Moacir se deu muito bem com os músicos da casa, agradava o público e por isso acabamos sugerindo a sua contratação. Moacir foi rebatizado "Djalma Dias" pelo produtor Alfredo Borba, que justificou a troca, pois, no momento, o nome de sucesso era Moacir Franco, líder de audiência na TV Excelsior. Com o mesmo nome, fatalmente, ficaria ofuscado.

Djalma Dias depois foi lançado em uma das Noites de Bossa, que produzimos no Teatro de Arena, e tempos mais tarde, fez vários trabalhos com Abelardo Figueiredo, inclusive no exterior.

E-mail: lafayette.hohagen@gmail.com
 
* Fiz questão de divulgar esse texto para mostrar que nos idos de 1960, não só o Rio de Janeiro produziu música de qualidade e quantidade, São Paulo viveu uma efervecência músical muito grande, talvez até mais que o Rio. No texto acima o autor lembra dos músicos mais voltados para a noite, mas muitos outros, não associados só a noite, participaram dessa euforia.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sambossa 5 - Zero Hora - 1966

Músicos
Luis Mello (piano)
Kuntz Naegele (sax alto)
Turquinho (José Rezalla) - (bateria)
Humberto Klayber (baixo)
Buda (Dorival Auriani) - (piston)
Maguinho (Mágno D´Alcântara) - (piston)

Músicas
01 - Zero Hora (Adilson Godoy)
02 - O Bolo (Walter Santos / Tereza Souza)
03 - Deixa Pra Lá (Sergio Augusto e Luis Fernando Freire)
04 - O Morro Não Tem Vez (Tom Jobim e Vinicius de Moraes)
05 - Inaê (Vera Brasil e Maricene Costa)
06 - Tarde Quente (Ciro Pereira e Mário Albanese)
07 - Caô Xangô (Johnny Alf)
08 - Nuvens (Durval Ferreira e Maurício Einhorn)
09 - Na Baixa do Sapateiro (Ary Barroso)
10 - Samba de Negro (Roberto Corrêa e Sylvio Son)
11 - Sonho de Carnaval (Chico Buarque)
12 - Dreamsville (Evans , Jay Livingston e H. Mancini)

Luiz Mello
Nasceu em Monte Alto, São Paulo, em 18 de maio de 1937. Foi aluno do maestro Maezzano em Jaboticabal (SP) e de Moacir Santos no Rio de Janeiro.

Participou da efervescência da música nos anos 60 em São Paulo, tocando em diversos bares e restaurantes da cidade. Era música o dia todo, no almoço, no Hotel Normandie, até altas horas da madrugada no Baiúca, João Sebastião Bar, CAMJA (Clube dos Amigos do Jazz), etc.

Atuou na TV Tupi com a Orquestra Tupi. Nesta emissora participou dos programas de Edu Lobo, Dick Farney, entre outros. Atuou na TV Cultura no programa Ensaio.

Trabalhou com diversos músicos brasileiros, como Hermerto Paschoal, Edson Machado, Milton Banana, Airto Moreira, Nico Assunção, Edgard Gianulo, Roberto Sion, Paulinho Braga, Raul de Souza, Casé, Hector Costita, Heraldo do Monte e muitos outros.

Como músicos estrangeiros, também foi uma série deles: Ray Brown, Jim Hall, Herbie Man, Roy Eldrige, Jo Jones, Jimmy Cobb, Dave Bailley, Sam Most e muito mais.

Acompanhou Elis Regina (Fino da Bossa, no teatro Paramount), Edu Lobo, Dick Farney, Dorival Caymmi, Dolores Duran, Simonal, Agostinho dos Santos, Simone, Peri Ribeiro, Aracy de Almeida, etc. Internacionais foram: Carmen Mac Era, Chris Connors, Fredy Cole, Lucho Gatica, Dave Gordon, etc.

Um músico sempre muito requisitado, com uma técnica invejável. Lançou dois discos com o Sambossa, esse aqui é o segundo. Participou de outras formações. Impressionante como um músico desse quilate não ter uma consagração neste país.

O que é mais impressionante é que ele era Delegado de Polícia. Como arrumava tempo para tudo isso eu não sei. E como conseguia conciliar duas atividades tão antagônicas; a sensibilidade da música e a dureza da polícia. Lembrando que o Brasil estava em plena ditadura e um delegado de polícia devia ter muito o trabalho nessa época.

Outras informações no site http://www.myspace.com/luiz.mello

Buda (Dorival Auriani)
Nasceu em São Paulo (SP) em 15 de janeiro de 1929. Seu pai fundou a Corporação Musical da Lapa (SP) onde Buda, com 7 anos começou a tocar. Fica na Rua Trajano, que funciona até hoje.

No Liceu Coração de Jesus, enquanto fazia curso gráfico, começou a aprender música com o maestro Gozzolin, regente da Banda do Juizado de Menores. De 12 aos 17 estudou com diversos músicos e pouco a pouco foi participando de bandas e orquestras, como as de Orlando Ferri e do maestro Santoro.

Seu irmão Geraldo Auriani (Felpudo do Trombone), quando este completou 20 anos, o levou para a Rádio Cultura. Nesta época comprou o seu primeiro Piston, um Selmer francês.

Nessa época o que havia para fazer era tocar na folga dos músicos. Tocava na Praça da Sé, nas Boates Oásis, Esplanada, Cuba, Salão Verde, Tropical, Avenida Danças e no “45” (um clube que ficava na Florêncio de Abreu e era freqüentado exclusivamente por negros). Hoje isso não teria a mínima importância.

Na década de 1950 tocou na orquestra de Walter Guilherme e em boates. Aliás, como todos os músicos da época. Era uma atrás da outra, o rodízio da noite. Tocaram na Orquestra de Sílvio Mazzuca, Simonetti e Dick Farney. Dick já teve orquestra. Isso foi no final dos anos 50 e início dos 60.

Tocou com os Os Sincopados (1964), Sambossa (1966), Octeto de César Camargo Mariano (1966), disco Show em Simonal (1967), Módulo 7 (1969). Em 1971, tocou com a orquestra de Portinho.

Em 1974 foi para a Big Band de Nelson Ayres.

Em 1978, participou do disco das Frenéticas “Caia na Gandaia”. No mesmo ano participou do disco de Eduardo Gudin “Coração Marginal”.

Nos anos 80 tocou com Nancy Wilson, Four Tops, Ray Connif, Tony Bennet, Burt Bacharach, Johnny Mathis e outros que circulavam por aqui. É curioso um músico brasileiro participar de uma dessas bandas. Geralmente essa turma costuma ser acompanhada do que há de melhor, principalmente em metais. Pode acontecer do cantor não ser tão bom, você não gostar do estilo, mas geralmente a banda é boa. Americano não dá esse mole. E nos anos 80 o Brasil não estava com essa bola toda, a fase áurea da Bossa Nova já havia passado, nossos melhores músicos estavam trabalhando lá fora. Tenho que pesquisar isso com calma.

Em 1983 tocou com Milton Nascimento no “Ao Vivo”. No mesmo ano acompanhou o grupo Premeditando o Breque no disco “Quase Lindo”. Boa banda de Sampa.

Em 1984 tocou com Eduardo Gudin no disco “Ensaio do Dia”.

Em 1985, participou do LP "Entre amigos" da gravadora Pointer que contou com participação especial de diversos artistas.

Nos anos 1990, retornou à Orquestra Sílvio Mazzuca. De 1990 a 2010 não sei por onde andou. Trabalhou na Ordem dos Músicos, com certeza, mas acho que deve ter tocado por aí. Vou conferir.

Importante:
Nenhuma biografia neste blog é definitiva. Não são precisas. São informações que vou achando aqui e alí, num blog ou outro, num livro ou outro, um artigo de revista. São informações dispersas, algumas conflitantes que precisam ser confirmadas mais adiante. O meu interesse é saber quem foram esses músicos que tocaram com todo mundo e são conhecidos apenas por seus apelidos que aparecem nas contra-capas dos discos. Quem foi Turquinho, Azeitona, Buda, Felpudo, Papudinho, Casé, etc? É muita gente boa que poucas pessoas conhecem. Você procura nos dicionários, nada, só aparece Tom Jobim, Vinícius, João Gilberto, Chico Buarque, Ary Barroso, etc. O que todo mundo já sabe, já tem biografia. E os outros, quem são eles? Apenas uma foto para que eu possa saber como ele era, curiosidade de amador, apaixonado pela música instrumental brasileira. Nada. É por isso que comecei esse blog. Não é possível que essa turma de apelidos fique no anonimato. Já pensou uma banda com Buda, Felpudo, Azeitona, Papudinho, Turquinho, etc. Deve até ter rolado por aí. Sei lá.




Búzios - Antigamente

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Simonal e Elis

Simona pensou que ia fazer com Elis o mesmo que tinha feito com a Sara. Aí, ele caiu do cavalo. O buraco era mais em baixo. A baixinha era fod...

Simonal e Sarah Vaughan

Ronaldo Boscoli, que era o empresário do Simonal, falou pra ele ir manso, sem papagaiada, senão a "negona" ia colocar ele no bolso. Simona, mascarado pra caramba, foi com tudo, não levou fé na virada da maré, se garantia. O crioulo era bom. Colocou a neguinha pra sambar.

O Barquinho - Menescal

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Sábado em Copacabana - Nana Caymmi

O Barquinho - Maysa

Leny Andrade e Durval Ferreira - Batida Diferente

Leny Andrade e Pery Ribeiro

Johnny Alf - Rapaz de Bem

João Gilberto - Chega de Saudade

João Bosco - Jade

Edu Lobo - Ponteio - 1967

Elis Regina de Johnny Alf - Ilusão À Toa

Dick Farney - Tereza da Praia

Dóris Monteiro - Mudando de Conversa - 1977

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Breno Sauer - Biografia


Breno Sauer nasceu em Porto Alegre, Brasil, em 1930. Tanto seu pai como seus três irmãos também eram músicos. Ele começou tocando acordeom em um grupo Regional (violão, cavaquinho, flauta, pandeiro e acordeom) acompanhando calouros no rádio.

Influenciado pelo Art Van Damme Quinteto, montou um grupo com a mesma formação – guitarra elétrica, vibrafone, baixo, bateria e acordeom. Mais tarde ele próprio passou a tocar o vibrafone.

Em 1959 grava “Viva o Samba", com o seu Quinteto.

Em 1960, ainda tocando acordeom, gravou o LP “Viva a Música” com o Breno Sauer Quinteto. Era uma música de baile. Tocam até Beethoven “Para Elise” ao som de vibrafone e acordeom.

Em 1961 mudou-se para Curitiba e formou um grupo pra tocar em boate. Mais tarde foi para o eixo Rio e São Paulo onde estavam as melhores oportunidades de trabalho e desenvolvimento profissional.

Em 1962, com um sexteto, grava "Viva O Ritmo".

Em 1963 grava o disco “Viva a Bossa” e o “Sambabessa”

Seu "primeiro disco", segundo ele, se esquecendo dos anteriores, foi Breno Sauer Quinteto – "Viva O Samba" e "Viva O Ritmo". Depois gravou "Sambabessa e Agostinho" acompanhando o cantor Agostinho dos Santos. A partir de então, agora na linha do conjunto Modern Jazz Quartet, formou o Breno Sauer Quarteto. Com essa formação gravou em 1965 o "4 Na Bossa" e em 1966 "4 No Sucesso". Com esse grupo gravou, no México, com Leny Andrade, Pery Ribeiro e Altamiro Carrilho. Foi aclamado com o prêmio de Melhor Grupo em 1965 e 1966 no Brasil.

Em 1967 partiu para uma turnê no México com o seu grupo Breno Sauer Quarteto. O México, depois dos EUA, foi o destino de muitos músicos brasileiros. Assim como Breno, João Gilberto, Carlos Lyra, Luizinho Eça com o seu Tamba Trio, Primo Trio, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Luis Carlos Vinhas e muitos outros gravaram bons discos lá. Morou lá por um bom tempo. Gravou um excelente disco com Leny Andrade no México.

Em 1974 foi pra Chicago, USA, e formou o grupo Made in Brasil, com músicos de diferentes nacionalidades residentes no país (americano, japonês, brasileiro, cubano). A base era trompete, sax, piano, baixo, bateria, percussão e voz. Esse nome Made in Brasil logo foi abandonado por haver no Brasil uma banda de rock com esse mesmo nome. Então ele trocou o nome para Som Brasil. Em 1983 esse grupo gravou o disco “Tudo Jóia” que foi muito bem recebido pela crítica. O Som Brasil conta com sua esposa Neusa como cantora. Acho que ainda estão na ativa.

Embora Breno Sauer tenha feito grande sucesso no Brasil, hoje está totalmente esquecido. Não encontrei uma biografia. Uma lástima. Por isso resolvi escrever um pouco sobre este grande músico.

Ainda é uma biografia incompleta, pois Breno Sauer gravou muito. Principalmente nas décadas de 60 e 70. Tem muito disco perdido por aí.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Leny Andrade, Paquito D´Rivera e Cia

Breno Sauer - Seu Primeiro Instrumento

Breno Sauer - Regional - 1952

Breno Sauer e Som Brasil

Paulinho, Dede, Neusa e Breno Sauer

Breno Sauer e Leny Andrade

Breno Sauer Quarteto - TV Globo 1965

Breno Sauer e Neusa Sauer - USA

Breno Sauer Quarteto - 4 Na Bossa - 1966


Músicos
Breno Sauer (vibrafone)
Portinho (bateria)
Adão (piano)
Erne (baixo)


Músicas
01 - Você (Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli)
02 - Essa É Nossa (Breno Sauer)
03 - Blues For Mother (Henry Mancini)
04 - Estamos Ai (Durval Ferreira / Maurício Einhorn / Regina Werneck)
05 - Olhou Pra Mim (Ed Lincoln / Silvio César)
06 - Sonho de Maria (Marcos Valle / Paulo Sergio Valle)
07 - Sambossa (Nilo Sergio)
08 - Amanhã (Walter Santos / Tereza Souza)
09 - My Many Shely (Henry Mancini)
10 - Baiãozinho (Eumir Deodato)
11 - Amor Em Paz (Vinicius de Moraes / Tom Jobim)
12 - Terra Seca (Ary Barroso)

* Estranhamente esse disco aparece na Amazon.com como importado. Parece que não saiu por aqui oficialmente.