A finalidade deste espaço é compartilhar com os amigos o interesse por Búzios e sua antiga relação com a Bossa Nova. Bossa Nova não é só música, é um Estilo de Vida. Um Estilo Buziano de Viver. Não vendo disco, só divulgo para os amigos que me pedem emprestado. Se você discorda de algum conteúdo divulgado neste blog, favor entrar em contato. Eu tenho todos os discos que recomendo aqui.
Aloysio de Oliveira nasceu em 30/12/1914 no Rio de Janeiro, RJ, e faleceu em 20/2/1995 em Los Angeles, EUA .
Formou-se dentista, mas nunca exerceu a profissão. Desde pequeno, teve forte relação com a música. Ainda adolescente, em 1929, integrou o Bando da Lua e já em 1931 o grupo gravava seu primeiro disco de 78 rpm, no qual Aloysio cantava numa das duas faixas, o samba “Tá de Mona” (Mazinho/ Maércio). Mais tarde, em 1939, viajou para os Estados Unidos com seu grupo para acompanhar Carmen Miranda (com quem também teve um romance). Na década de 40, começou a trabalhar com Walt Disney em trilhas sonoras como consultor (ajudou a criar o personagem Zé Carioca), narrador de documentários e dublador de desenhos animados (as falas do Capitão Gancho no filme Peter Pan (Disney) são dele). Em "Alô, Amigos", de 1943, ele cantou Aquarela do Brasil (Ary Barroso). Em “Você Já Foi à Bahia?” participou como ator e da trilha sonora. Além disso, dirigiu o Bando da Lua em sua nova fase, de 1949 até seu término, seis anos depois, ocasionado pela morte da Pequena Notável, em agosto de 55. Voltou ao Brasil em 1956, onde empregou-se como diretor artístico da gravadora Odeon (atual EMI) e atuou na Rádio Mayrink Veiga, com Aurora Miranda e Vadico. Em 1959, foi responsável pelo lançamento do LP “Chega de Saudade”, de João Gilberto, marco da bossa nova. No ano seguinte, transferiu-se da Odeon para a Philips (atual Universal Music), permanecendo lá por oito meses. Em 1963 casou-se com Sílvia Telles, cantora lançada por ele e de quem produziu discos, e fundou a gravadora Elenco, especializada em discos de alta qualidade artística. Lançou diversos artistas em discos solo, como Edu Lobo, Nara Leão, Nana Caymmi, Vinicius de Moraes (como cantor) – aliás o primeiro LP da Elenco foi “Vincius & Odete Lara” – além de produzir álbuns antológicos, como “Caymmi Visita Tom”, “Vincius & Caymmi no Zum Zum”, “Edu & Bethânia”, “Maysa” (ao vivo no Au Bon Gourmet), entre outros. Foi ainda nos anos 60 que Aloysio compôs diversas canções célebres em parceria com Tom Jobim, como “Dindi”, “Só Tinha de Ser com Você”, “Inútil Paisagem”, “Eu Preciso de Você”, entre outras. Em 1968, quando a Elenco foi extinta, voltou aos EUA, onde produziu discos de artistas brasileiros na Warner Music. Voltou ao país em 1972, atuando como produtor musical em diversas gravadoras, como Odeon, RCA Victor e Som Livre. Onze anos depois, em 1983, publicou o livro de memórias “De Banda pra Lua” (Ed. Record). Morreu em Los Angeles, onde residia nos últimos anos de vida, aos 80 anos, em 1995. Recentemente, em 2004/2005, alguns discos do selo Elenco foram remasterizados e lançados em CD pela Universal Music. * Informações extraídas do Google. Já vou falar mais sobre ele. Tenho muito mais para contribuir.
Agostinho dos Santos (Augustinho dos Santos), nasceu em São Paulo em 25 de abril de 1932 (taurino) e faleceu num acidente aéreo nas imediações do aeroporto de Orly, em Paris, França, em 12/07/1973. Grande perda. Criado no bairro do Bexiga (SP), começou a carreira como crooner da Orquestra de Osmar Milani, que atuava no Avenida Danças, em São Paulo. Participava também de programas de calouros. Quase menino cantava na hora do almoço no programa Manoel de Nóbrega, da Rádio Nacional, na rua das Palmeira. Graças ao trompetista José Luiz, em 1951 conseguiu um contrato pela Rádio América, de São Paulo. Em 1955, foi contratado pela Rádio Nacional de São Paulo. Nesse ano, apresentou-se na rádio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro, ao lado de Ângela Maria e Silvinha Teles, com acompanhamento da Orquestra Tabajara. Ainda em 1955, gravou, na Polydor, Meu Benzinho (versão de My Little One, de Frankie Lane), seu primeiro sucesso, que lhe valeu os troféus Roquete Pinto e Disco de Ouro.
Em 1956, lançou pela Polydor o LP Uma Voz E Seus Sucessos, com músicas de Tom Jobim e Dolores Duran, destacando-se o samba-canção Estrada do Sol, um dos seus maiores sucessos. Esse LP fez que Tom Jobim e Vinícius de Morais o convidassem para participar do da trilha sonora do filme Orfeu do Carnaval, de Marceu Camus, na qual foi acompanhado por João Gilberto. As interpretações sublimes de Manhã de Carnaval (Vinícius de Morais e Luís Bonfá) e A Felicidade (Tom Jobim e Vinícius de Morais) alavancou de vez a carreira de Agostinho.
Recebeu o troféu disco de Ouro em 1956, 1957, 1958 e 1959.
Em 1958, compôs o samba-canção Forças Ocultas (com Antônio Bruno) e Sozinho Com Você (com Dirce Morais/Heitor Canilo). Nesse mesmo ano, lançou o LP, pela RGE, Agostinho Espetacular, que incluiu sucessos como Balada Triste (Dalton Vogeler/Esdras Silva) e Até O Nome é Maria (Billy Blanco).
*Orfeu da Conceição é uma peça teatral escrita por Vinícius de Morais em 1954, baseada em Orfeu e Eurídice (mitologia grega). Em 1956 saiu o LP com a trilha sonora da peça (Tom Jobim no comando). Em 1959, baseado na peça, foi lançado o filme Orfeu Negro. Esse filme ganhou a Palma de Ouro, faturou Canes, Globo de Ouro e viajou o mundo. Ganhou alguma coisa no Oscar. Não me lembro.
Em 1959, também pela RGE, gravou o LP O Inimitável Agostinho com os sucessos Hino Ao Sol (Billy Blanco/Tom Jobim), Eu Sei Que Vou Te Amar (Tom Jobim/Vinícius de Morais), Fim De Caso (Dolores Duran).
Em 1960 fez os sambas Chuva Para Molhar O Sol (com Edison Borges) e Podem Falar (com Renato Gama Duarte). Nesse ano, lançou, pela RGE, o LP Agostinho, Sempre Agostinho, que incluía os sucessos Céu e Mar (Johnny Alf) e O Amor Em Paz (Tom Jobim/Vinícius de Morais). Em 1961 compôs o samba-canção Distância É Saudade. Em 1962, participou do festival de Bossa Nova, no Carnegie Hall, em Nova York, EUA, cantando com acompanhamento do conjunto de Oscar Castro Neves. Apresentou-se no Chile, Uruguai, Argentina, Venezuela, México, Itália, Portugal, Alemanha, África e EUA. No Brasil e EUA cantou com Johnny Mathis, na Itália, apresentou-se com Caterina Valente. Em 1967, compôs o samba-canção Quem Levou Maria e gravou, pela RGE, o LP Os Grandes Sucessos de Agostinho dos Santos. Em 1968 participou do III FIC, da Rede Globo, interpretando Visão (Antônio Adolfo/Tibério Gaspar). Em outubro desse ano, foi à Europa, onde se apresentou na televisão de Portugal, Inglaterra, Bélgica e França. Compôs ainda, Balada Do Homem Sem Deus (com Fernando César), Sambossa e Ave Do Amor (com Chico Feitosa), O Amor Está No Ar (com Miguel Gustavo), Vai Sofrendo, Remorso e Prece Ao Sol, entre outras. Uma de suas últimas gravações foi Avião (Maurício Einhorn/Duraval Ferreira/Hélio Mateus). Premonição?
* Informações extraídas da Enciclopédia Da Música Brasileira - erudita - folclórica - popular (Art Editora Ltda - São Paulo - 1977
* Agostinho tinha se separado recentemente (desquitado) e estava a um dia de viajar para a Grécia para encontrar o seu novo amor, uma professora de Sociologia. Já vou falar sobre isso...
Uma foto bacana do Agostinho.
Esse cara cantava muito. (1a. parte)
Discografia Rasga teu verso (1953) Star 78
O vendedor de laranjas/A última vez que vi Paris (1955) polydor 78 Meu benzinho/Falam meus olhos (1956) Polydor 78 Pula-pula/Vai sofrendo (1956) Polydor 78 Canção do mar/Pif-paf (1956) Polydor 78 Vagabundo e sonhador/Até logo, Jacaré (1956) Polydor 78 As três Marias/Minha oração (1957) Polydor 78 Doce mãezinha/Homenagem à minha mãe (1957) Polydor 78 Chove lá fora/Triste a recordar (1957) Polydor 78 Só você/Maria dos meus pecados (1957) Polydor 78 Maria Shangay/A saudade (1957) Polydor 78 Concerto de outono/Esquecimento (1957) polydor 78 Uma voz e seus sucessos (1957) Polydor LP Por causa de você/Tudo ou nada (1958) Polydor 78 Estrada do sol/Do-ré-mi (1958) Polydor 78 Sucedeu assim/Graças a Deus (1958) Polydor 78 Crepúsculo/Segredo (1958) polydor 78 Deixe que eu possa esquecer/Se todos fossem iguais a você (1958) Polydor285 78 Eu não existo sem você/Foi a noite (1958) Polydor 78 Meu castigo/Doi muito mais a dor (1958) RGE 78 Chega de saudade/Balada triste (1958) RGE 78 Agostinho Espetacular (1958) RGE LP Antonio Carlos Jobim e Fernando Cesar na voz de Agostinho dos Santos (1958) Polydor LP Agostinho dos Santos (1959) Polydor 33/10 pol. Ravina/Sem cessar (1959) RGE 78 Canção de amor/A felicidade (1959) RGE 78 Manhã de carnaval/A felicidade (1959) RGE 78 Balada do homem sem Deus/Sede de amor (1959) RGE 78 O inimitável Agostinho dos Santos (1959) RGE LP Cantiga de quem está só/Natureza morta (1960) RGE 78 Leva-me contigo/Saudade querida (1960) RGE 78 Muljer passarinho/Chuva para molhar o sol (1960) 10255 Noite feliz/Verbo amar (1960) RGE 78 Agostinho, sempre Agostinho (1960) RGE LP Nossos momentos/Distância é saudade (1961) RGE 78 És meu amor/Ave amor (1961) RGE 78 Agostinho canta sucessos (1961) RGE LP Graças/Eu e tu (1962) RGE 78 Suave é a noite/Aqueles olhos verdes (1962) RGE 78 A presença de Agostinho (1962) RGE LP Os grandes sucessos de Agostinho (1962) RGE 5136 Noche de luna/Recuerdos de ti (1963) RGE 78 Samba em prelúdio (1963) RGE 78 Noite de lua/Amor (1963) RGE 78 Vanguarda (1963) RGE LP Agostinho dos Santos (1966) Elenco LP Música nossa (1967) Ritmos Codil LP Os grandes sucessos de Agostinho dos Santos (1967) Premier LP Agostinho dos Santos (1970) London/Odeon LP Agostinho dos Santos (1973) Continental LP Agostinho dos Santos (1974) Phonogram/Polyfar LP Agostinho dos Santos (1977) RGE LP Agostinho dos Santos (Edição Histórica)-Vol. 5, Série Medium [S/D] Polydor LP As melhores interpretações de Agostinho dos Santos [ant. 1980] SBA LP Os mais lindos boleros (1978) LP Série convite para ouvir (1993) LP A voz incomparável de Agostinho dos Santos (1997) Copacabana CD
Aquele abraço.
Vale assistir esse documentário, muito bom. Ancelmo Gois explica tudo.