A finalidade deste espaço é compartilhar com os amigos o interesse por Búzios e sua antiga relação com a Bossa Nova. Bossa Nova não é só música, é um Estilo de Vida. Um Estilo Buziano de Viver. Não vendo disco, só divulgo para os amigos que me pedem emprestado. Se você discorda de algum conteúdo divulgado neste blog, favor entrar em contato. Eu tenho todos os discos que recomendo aqui.
Músicos Debora Gurgel (piano) Dani Gurgel (voz) Daniel D’Alcântara (trumpete - solo) Maurício “Laws” de Souza (sax alto) Vitor Alcantara (sax tenor) Carlos Alberto Alcântara (sax tenor) Marinho Andreotti (baixo acústico) Cuca Teixeira (bateria)
* A princípio eu queria destacar o sax tenor de Carlos Alberto Alcântara, mas depois eu vi outros músicos aí nessa fita que conheço de outros carnavais. Vou já falar sobre eles.
Por exemplo, nesse bandão que está aí, a Soundo Scape Big Band, tem o sobrinho do Carlos Alberto, Victor Alcântara, arrebentand também no sax tenor. Vamos conferir.
Tem outro Alcântara, o Daniel, que arrebenta no trompete. Não está nessa fita aí. Já falo sobre ele.
É impressionante como um músico leva a outro. É um mosaico. A família Alcântara é da pesada. De pai pra filho. Merece um artigo só sobre eles.
Músicos Hermeto Pascoal (flauta) Olmir Stocker (Alemão) (guitarra, violão) Lanny Gordin (guitarra) Cido Bianchi (piano, órgão) Nilson Matta (baixo elétrico) Carlos Alberto de Alcântara (saxofone, flauta) Douglas de Oliveira (bateria) João Carlos Pegoraro (vibrafone)
Músicas
01 - Gamboa (Ciro Pereira/Mário Albanese)
02 - Rhodosando (Hermeto Pascoal)
03 - Canção latina (Olmir Stocker/Vitor Martins)
04 - Pavane (Gabriel Fauré)
05 - As borboletas (A. Popp/P. Cour)
06 - Momento B/8 (B. Octopus/Rogério Duprat) 07 - Summerhill (João C. Pegoraro)
08 - Gosto de ser como sou (Ciro Pereira/Mário Albanese)
09 - Chayê (Hermeto Pascoal)
10 - Canção de fim de tarde (Thereza Souza/Walter Santos)
11 - O pássaro (Alexander Gordin)
12 - Casa forte (Edu Lobo)
Casa Forte do Edu Lôbo com vocês.
Entrevista com o maluco do Hermeto
* É um disco estranho, psicodélico, como era chamado na época. Reúne músicos de escolas totalmente diferentes para levar um som muito louco. Quando se fala em som estranho, lógico que Hermeto Pascoal não iria ficar fora dessa. A gravação já foi um tremendo pega-pra-capar, ninguém se entendia na hora de escolher o repertório. Imagina?
Hermeto compôs duas músicas para o disco, Rhodosando e Chayê, uma mistura de música pop e chá-cháchá. Já viu. O nome Rhodosando é porque o grupo foi formado para tocar nos desfiles da Rhodia. A Rhodia era uma empresa da área textil que promovia desfiles com show ao vivo para promover seus produtos. Hermeto tocava na noite paulista e resolveu encarar essa.
Lanny já tinha viajado no seu primeiro ácido e estava tocando muito. Depois ele teve que ser internado, pois o LSD já tinha subido as alturas.
Só lançaram essa bolacha, depois cada um foi cuidar da sua vida e tocar com quem tinha mais afinidade. Não dava pra ir muito longe uma maluquice dessa. Mas o som é bom. Hoje é considerado um disco cult. Sabe-se lá o que vem a ser isso.
Nunca foi lançado oficialmente em CD, eu acho. Se não acharem posso dar uma dica. Boa sorte.
Enquanto isso, vão ouvindo esse o sonzão do Alemão nesse filmezinho que achei no Youtube
E esse outro aqui, também da pesada, com Lanny Gordin
Tem muita coisa sobre esses monstro da guitarra no Youtube.
Cido está totalmente solto nesse trabalho. Bom som. É o chamado fusion.
Carlos Alberto Alcântara com aquele sax maravilhoso. Ainda tá na pista.
Vamos ouvir essa pauleira com o grande sax do mestre Alcântara que bota pra quebrar com a Banda Savana.
Ouçam esse chocolate do grande mestre Cipó, Saxofonando, com a Banda Savana e o sax tenor do Carlos Alberto. Só pra quem gosta. O babado é forte.
Eu tenho muita coisa pra falar sobre esses músicos maravilhosos e suas trajetótrias.
Tem mais dois músicos aí esquecidos que não falei. Já volto.
O Nilson Matta foi pros EUA em 1985 e tem um blog. Vocês podem dar uma olhada.
Músicas 1. The Dolphin (Luiz Eça) 2. Na Baixa do Sapateiro (Ary Barroso) 3. Fotografia (Tom Jobim) 4. You Must Believe in Spring (Michel Legrand) 5. Samba de uma Nota Só (Tom Jobim & Newton Mendonça) 6. Hi'Lili-Hilô (Kaper & Deutch) 7. Insensatez (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) 8. O Cantador (Dori Caymmi & Nelson Motta) 9. The Man I Love (Gershwin & Gershwin) 10. Maracangalha (Dorival Caymmi) 11. Travessia (Milton Nascimento & Fernando Brant)
* Esse disco foi lançado em CD em 1993, um ano após a morte de Luizinho Eça, mas sua gravação ocorreu antes de 1981, data do falecimento de Victor Assis Brasil. Acho que foi gravado em 1977, quando ocorreu uma série de concertos no Museu de Arte Moderna. Não é uma gravação primorosa como merecia esses dois prodígios, mas está muito bom. Imperdível.
Músicas 01 – Cartão de Visita (Carlos Lyra/Vinícius de Moraes) 02 – Deve Ser Bonito (João Mello / Lenora) 03 – Simplesmente (Édison Lobo) 04 – Apelo (Baden Powell/Vinícius de Moraes) 05 – Ponte Aérea (Zé Keti) 06 – O Amor e o Tempo (Durval Ferreira/Regina Werneck) 07 – Vem Chegando a Madrugada (Noel Rosa de Oliveira/Zuzuca) 08 – Chorinho A (Neco) 09 – Upa Neguinho (Edu Lobo/Gianfrancesco Guarnieri) 10 – Rio 65 Trio Tema (Dom Salvador) 11 – Ilusão à Toa (Johnny Alf) 12 – Seu Encanto (Marcos Valle/ Paulo Sérgio Valle) * Importante observar que o pessoal continua com a mesma roupa do disco anterior.
Discão. Já saiu em CD. Se não acharem posso dar uma dica.
Dom Salvador (Salvador da Silva Filho), nasceu em Rio Claro, SP, em 12/09/1938 (virgem). Iniciou a carreira aos 12 anos, tocando piano em orquestras.
Em 1961 já era pianista conhecido, mas passou a ter maior sucesso atuando na boate Lancaster, em são Pualo, SP, ponto de encontro de músicos de Jazz. A convite de Dom Um Romão (bateria), foi trabalhar no Rio de Janeiro, RJ, integrando o conjunto Copa Trio ( Manuel Gusmão no contrabaixo, Dom Um Romão na bateria e Dom Salvador no piano). Essa era a segunda formação do Copa Trio, a primeira era formada por Toninho Oliveira ao piano João Palma, então com seus 17 anos, na bateria e Manuel Gusmão no contrabaixo. João Palma saiu do grupo para prestar o serviço militar. O Copa Trio se tornou conhecido nas boates do Beco das Garrafas, em Copacabana, RJ, acompanhando Elis Regina, Quarteto Em Cy, Jorge Bem, além de se apresentarem com uma proposta apenas instrumetal na base da hard-bossa.
Em 1965, formou o Rio 65 Trio, com Edison Machado na bateria e Sérgio Barrozo no contrabaixo. Foi uma dos trios mais ousados na época. Era uma levada pesada e improvisos de arrepiar. Também, na companhia de Edison Machado e Sérgio Barrozo era fácil. Foi uma revolução que muitos trios passaram a trilhar.
Em 1966, o trio parte para a Europa, apresentando-se em nove países com Edu Lobo, Silvinha Teles, Rubens Bassini e Rosinha de Valença. Só fera. Gravam nesse período um disco na Alemanha (ainda República Federal da Alemanha).
Ainda em 1966, após essa excursão, parte para os EUA com Copinha (Nicolino Cópia), Chico Batera (Francisco José Tavares de Sousa) e Sérgio Barrozo. Se apresentam em Nova York, Minneapolis e no Texas. Mais tarde ainda voltaria para os Estados Unidos acompanhando Elza Soares no Hotel Waldor Astoria.
De volta ao Brasil, afasta-se dos shows e passa a atuar em várias gravações, e viaja para diversos países, pesquisando músicas.
Em 1970, forma o Grupo Abolição, aproveitando a onda black que invadiu o país. Só tinha negão na banda: Darci no trompete, Oberdã no sax-tenor e flauta, Serginho no trombone, Lulu na bateria e vocal, Rubão Sabino no contrabaixo, Nelsinho na tumbadora, Maria vocal e Dom Salvador no piano. Sonzão da pesada. Gravaram um disco e se apresentaram acompanhando Elis Regina. Tem disco de 1971 e vídeo no youtube.
Após esse período, Dom Salvador se muda para o EUA e passa a tocar com grandes músicos de jazz. Há pouco tempo retornou ao Brasil para uma apresentação no SESC em São Paulo. Ainda vou falar mais sobre Dom Salvador.
Aloysio de Oliveira nasceu em 30/12/1914 no Rio de Janeiro, RJ, e faleceu em 20/2/1995 em Los Angeles, EUA .
Formou-se dentista, mas nunca exerceu a profissão. Desde pequeno, teve forte relação com a música. Ainda adolescente, em 1929, integrou o Bando da Lua e já em 1931 o grupo gravava seu primeiro disco de 78 rpm, no qual Aloysio cantava numa das duas faixas, o samba “Tá de Mona” (Mazinho/ Maércio). Mais tarde, em 1939, viajou para os Estados Unidos com seu grupo para acompanhar Carmen Miranda (com quem também teve um romance). Na década de 40, começou a trabalhar com Walt Disney em trilhas sonoras como consultor (ajudou a criar o personagem Zé Carioca), narrador de documentários e dublador de desenhos animados (as falas do Capitão Gancho no filme Peter Pan (Disney) são dele). Em "Alô, Amigos", de 1943, ele cantou Aquarela do Brasil (Ary Barroso). Em “Você Já Foi à Bahia?” participou como ator e da trilha sonora. Além disso, dirigiu o Bando da Lua em sua nova fase, de 1949 até seu término, seis anos depois, ocasionado pela morte da Pequena Notável, em agosto de 55. Voltou ao Brasil em 1956, onde empregou-se como diretor artístico da gravadora Odeon (atual EMI) e atuou na Rádio Mayrink Veiga, com Aurora Miranda e Vadico. Em 1959, foi responsável pelo lançamento do LP “Chega de Saudade”, de João Gilberto, marco da bossa nova. No ano seguinte, transferiu-se da Odeon para a Philips (atual Universal Music), permanecendo lá por oito meses. Em 1963 casou-se com Sílvia Telles, cantora lançada por ele e de quem produziu discos, e fundou a gravadora Elenco, especializada em discos de alta qualidade artística. Lançou diversos artistas em discos solo, como Edu Lobo, Nara Leão, Nana Caymmi, Vinicius de Moraes (como cantor) – aliás o primeiro LP da Elenco foi “Vincius & Odete Lara” – além de produzir álbuns antológicos, como “Caymmi Visita Tom”, “Vincius & Caymmi no Zum Zum”, “Edu & Bethânia”, “Maysa” (ao vivo no Au Bon Gourmet), entre outros. Foi ainda nos anos 60 que Aloysio compôs diversas canções célebres em parceria com Tom Jobim, como “Dindi”, “Só Tinha de Ser com Você”, “Inútil Paisagem”, “Eu Preciso de Você”, entre outras. Em 1968, quando a Elenco foi extinta, voltou aos EUA, onde produziu discos de artistas brasileiros na Warner Music. Voltou ao país em 1972, atuando como produtor musical em diversas gravadoras, como Odeon, RCA Victor e Som Livre. Onze anos depois, em 1983, publicou o livro de memórias “De Banda pra Lua” (Ed. Record). Morreu em Los Angeles, onde residia nos últimos anos de vida, aos 80 anos, em 1995. Recentemente, em 2004/2005, alguns discos do selo Elenco foram remasterizados e lançados em CD pela Universal Music. * Informações extraídas do Google. Já vou falar mais sobre ele. Tenho muito mais para contribuir.
Agostinho dos Santos (Augustinho dos Santos), nasceu em São Paulo em 25 de abril de 1932 (taurino) e faleceu num acidente aéreo nas imediações do aeroporto de Orly, em Paris, França, em 12/07/1973. Grande perda. Criado no bairro do Bexiga (SP), começou a carreira como crooner da Orquestra de Osmar Milani, que atuava no Avenida Danças, em São Paulo. Participava também de programas de calouros. Quase menino cantava na hora do almoço no programa Manoel de Nóbrega, da Rádio Nacional, na rua das Palmeira. Graças ao trompetista José Luiz, em 1951 conseguiu um contrato pela Rádio América, de São Paulo. Em 1955, foi contratado pela Rádio Nacional de São Paulo. Nesse ano, apresentou-se na rádio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro, ao lado de Ângela Maria e Silvinha Teles, com acompanhamento da Orquestra Tabajara. Ainda em 1955, gravou, na Polydor, Meu Benzinho (versão de My Little One, de Frankie Lane), seu primeiro sucesso, que lhe valeu os troféus Roquete Pinto e Disco de Ouro.
Em 1956, lançou pela Polydor o LP Uma Voz E Seus Sucessos, com músicas de Tom Jobim e Dolores Duran, destacando-se o samba-canção Estrada do Sol, um dos seus maiores sucessos. Esse LP fez que Tom Jobim e Vinícius de Morais o convidassem para participar do da trilha sonora do filme Orfeu do Carnaval, de Marceu Camus, na qual foi acompanhado por João Gilberto. As interpretações sublimes de Manhã de Carnaval (Vinícius de Morais e Luís Bonfá) e A Felicidade (Tom Jobim e Vinícius de Morais) alavancou de vez a carreira de Agostinho.
Recebeu o troféu disco de Ouro em 1956, 1957, 1958 e 1959.
Em 1958, compôs o samba-canção Forças Ocultas (com Antônio Bruno) e Sozinho Com Você (com Dirce Morais/Heitor Canilo). Nesse mesmo ano, lançou o LP, pela RGE, Agostinho Espetacular, que incluiu sucessos como Balada Triste (Dalton Vogeler/Esdras Silva) e Até O Nome é Maria (Billy Blanco).
*Orfeu da Conceição é uma peça teatral escrita por Vinícius de Morais em 1954, baseada em Orfeu e Eurídice (mitologia grega). Em 1956 saiu o LP com a trilha sonora da peça (Tom Jobim no comando). Em 1959, baseado na peça, foi lançado o filme Orfeu Negro. Esse filme ganhou a Palma de Ouro, faturou Canes, Globo de Ouro e viajou o mundo. Ganhou alguma coisa no Oscar. Não me lembro.
Em 1959, também pela RGE, gravou o LP O Inimitável Agostinho com os sucessos Hino Ao Sol (Billy Blanco/Tom Jobim), Eu Sei Que Vou Te Amar (Tom Jobim/Vinícius de Morais), Fim De Caso (Dolores Duran).
Em 1960 fez os sambas Chuva Para Molhar O Sol (com Edison Borges) e Podem Falar (com Renato Gama Duarte). Nesse ano, lançou, pela RGE, o LP Agostinho, Sempre Agostinho, que incluía os sucessos Céu e Mar (Johnny Alf) e O Amor Em Paz (Tom Jobim/Vinícius de Morais). Em 1961 compôs o samba-canção Distância É Saudade. Em 1962, participou do festival de Bossa Nova, no Carnegie Hall, em Nova York, EUA, cantando com acompanhamento do conjunto de Oscar Castro Neves. Apresentou-se no Chile, Uruguai, Argentina, Venezuela, México, Itália, Portugal, Alemanha, África e EUA. No Brasil e EUA cantou com Johnny Mathis, na Itália, apresentou-se com Caterina Valente. Em 1967, compôs o samba-canção Quem Levou Maria e gravou, pela RGE, o LP Os Grandes Sucessos de Agostinho dos Santos. Em 1968 participou do III FIC, da Rede Globo, interpretando Visão (Antônio Adolfo/Tibério Gaspar). Em outubro desse ano, foi à Europa, onde se apresentou na televisão de Portugal, Inglaterra, Bélgica e França. Compôs ainda, Balada Do Homem Sem Deus (com Fernando César), Sambossa e Ave Do Amor (com Chico Feitosa), O Amor Está No Ar (com Miguel Gustavo), Vai Sofrendo, Remorso e Prece Ao Sol, entre outras. Uma de suas últimas gravações foi Avião (Maurício Einhorn/Duraval Ferreira/Hélio Mateus). Premonição?
* Informações extraídas da Enciclopédia Da Música Brasileira - erudita - folclórica - popular (Art Editora Ltda - São Paulo - 1977
* Agostinho tinha se separado recentemente (desquitado) e estava a um dia de viajar para a Grécia para encontrar o seu novo amor, uma professora de Sociologia. Já vou falar sobre isso...
Uma foto bacana do Agostinho.
Esse cara cantava muito. (1a. parte)
Discografia Rasga teu verso (1953) Star 78
O vendedor de laranjas/A última vez que vi Paris (1955) polydor 78 Meu benzinho/Falam meus olhos (1956) Polydor 78 Pula-pula/Vai sofrendo (1956) Polydor 78 Canção do mar/Pif-paf (1956) Polydor 78 Vagabundo e sonhador/Até logo, Jacaré (1956) Polydor 78 As três Marias/Minha oração (1957) Polydor 78 Doce mãezinha/Homenagem à minha mãe (1957) Polydor 78 Chove lá fora/Triste a recordar (1957) Polydor 78 Só você/Maria dos meus pecados (1957) Polydor 78 Maria Shangay/A saudade (1957) Polydor 78 Concerto de outono/Esquecimento (1957) polydor 78 Uma voz e seus sucessos (1957) Polydor LP Por causa de você/Tudo ou nada (1958) Polydor 78 Estrada do sol/Do-ré-mi (1958) Polydor 78 Sucedeu assim/Graças a Deus (1958) Polydor 78 Crepúsculo/Segredo (1958) polydor 78 Deixe que eu possa esquecer/Se todos fossem iguais a você (1958) Polydor285 78 Eu não existo sem você/Foi a noite (1958) Polydor 78 Meu castigo/Doi muito mais a dor (1958) RGE 78 Chega de saudade/Balada triste (1958) RGE 78 Agostinho Espetacular (1958) RGE LP Antonio Carlos Jobim e Fernando Cesar na voz de Agostinho dos Santos (1958) Polydor LP Agostinho dos Santos (1959) Polydor 33/10 pol. Ravina/Sem cessar (1959) RGE 78 Canção de amor/A felicidade (1959) RGE 78 Manhã de carnaval/A felicidade (1959) RGE 78 Balada do homem sem Deus/Sede de amor (1959) RGE 78 O inimitável Agostinho dos Santos (1959) RGE LP Cantiga de quem está só/Natureza morta (1960) RGE 78 Leva-me contigo/Saudade querida (1960) RGE 78 Muljer passarinho/Chuva para molhar o sol (1960) 10255 Noite feliz/Verbo amar (1960) RGE 78 Agostinho, sempre Agostinho (1960) RGE LP Nossos momentos/Distância é saudade (1961) RGE 78 És meu amor/Ave amor (1961) RGE 78 Agostinho canta sucessos (1961) RGE LP Graças/Eu e tu (1962) RGE 78 Suave é a noite/Aqueles olhos verdes (1962) RGE 78 A presença de Agostinho (1962) RGE LP Os grandes sucessos de Agostinho (1962) RGE 5136 Noche de luna/Recuerdos de ti (1963) RGE 78 Samba em prelúdio (1963) RGE 78 Noite de lua/Amor (1963) RGE 78 Vanguarda (1963) RGE LP Agostinho dos Santos (1966) Elenco LP Música nossa (1967) Ritmos Codil LP Os grandes sucessos de Agostinho dos Santos (1967) Premier LP Agostinho dos Santos (1970) London/Odeon LP Agostinho dos Santos (1973) Continental LP Agostinho dos Santos (1974) Phonogram/Polyfar LP Agostinho dos Santos (1977) RGE LP Agostinho dos Santos (Edição Histórica)-Vol. 5, Série Medium [S/D] Polydor LP As melhores interpretações de Agostinho dos Santos [ant. 1980] SBA LP Os mais lindos boleros (1978) LP Série convite para ouvir (1993) LP A voz incomparável de Agostinho dos Santos (1997) Copacabana CD
Aquele abraço.
Vale assistir esse documentário, muito bom. Ancelmo Gois explica tudo.
Músicas 1 - Maria Moita (Carlos Lyra/Vinícius de Moraes) 2 - Preconceito (Adilson Godoy) 3 - Sou Sem Paz (Adilson Godoy) 4 - Disa (Johnny Alf) 5 - Resolução (Edu Lobo/Rui Guerra) 6 - Reza (Edu Lobo/Ruy Guerra) 7 - Balanço Zona Sul (Tito Madi) 8 - Saudade (Sílvio Cezar) 9 - Amor de Nós Dois (Luis Chaves) 10 - Raízes (Denis Brean) 11 - Só de Saudade (Adilson Godoy)
O Bossa Jazz Trio nasceu em 1964, na efervecência da beatlemania e da Jovem Guada, o tal do Iê-Iê-Iê. Sem esquecer que o Brasil entrava no período de sombras com a ditadura militar. Essa garotada nascida durante a Segunda Guerra Mundial, em São Paulo e Rio de Janeiro, dava os seus primeiros passos rumo a um tipo de música que mais tarde seria rotulada de MPB. Os Festivais ajudaram bastante nesse processo de formatação dessa nova proposta. O Trio após participar de uma apresentação no teatro da Universidade Mackenzie, em São Paulo, é convidado para gravar seu primeiro disco. A formação ainda era com Bené (João Benedito) no piano, Nelsinho (Nelson Aquino) no contrabaixo e José Roberto Sarsano na bateria. A garotada, na faixa dos seus 18 anos, emplaca de cara um petardo: Balanço Zona Sul de Tito Madi. Depois todo mundo gravou.
Em 1965, grava o segundo disco, este que está aí em cima. Com o sucesso é convidado para participar das apresentações no Teatro Paramount (São Paulo) e acompanhar Elis Regina. Bola dentro. Todos crescem juntos: Elis e o Trio.
Já com nova formação: Amilson Godoy nos teclados, Jurandir Meirelles no contrabaixo e José Roberto na bateria o Trio lança em 1966 o disco Bossa Jazz Trio Vol. 2 e 2 Na Bossa – Vol. 2.
No mesmo ano, gravam com Elis um dos seus melhores discos, simplemente Elis. Sucesso total, o disco é um dos mais vendidos no ano. Ganham fama internacional e viajam para a Europa com a baixinha. Em 1968, na França, com o estrondoso sucesso de Elis no II Festival “Miden” do Disco em Cannes, gravam Elis Regina – Upa Neguinho em Canes. Pauleira.
Em 1969, José Roberto Sarsano, sai de cena e vai trabalhar como TI (Tecnólogo da Informação) em grandes empresas internacionais. Acabou o Trio. Não acabou não. A galera volta a se encontrar nos anos 2000 com o mesmo entusiasmo de sempre e nos brinda com essa pérola que catei no Youtube. Não resistiram. O tesão de tocar juntos é demais, agora com seus cabelos brancos e botando pra quebrar como sempre. Amilson Godoy, com rabinho de cavalo no seu piano, Juradyr Meirelles, cabelos brancos, com seu contrabaixo acústico e Sarsano na batera, nos trazem o melhor da MPB. Música de Chico Buarque, Sonho De Um Carnaval, com a sonoridade inconfundível do Bossa Jazz Trio. E tem muito mais aí nos Youtubes, é só procurar. Os caras sempre foram bons. A onça fica velha mas não perde a pinta. Bons ventos nos sopram, ainda é carnaval.
Resumindo: os velhinhos vão fazer 50 anos na pista e ainda tem muita música boa pra rolar. Não é mole não.
Em 2005, Sarsano publica o livro “Boulevard des Capucines”, onde conta a história da sua vida musical com Elis Regina e o Bossa Jazz Trio. Boa leitura.
http://www.jrsarsano.com.br/htdocs/index.asp é o link do Projeto Boulevard des Capucines do paulistano e baterista do Bossa Jazz Trio, José Roberto Sarsano. Vale a pena dar uma conferida pois contém muitas informações sobre esse grande grupo.
* Esse disco é muito bom. Se não acharem, falem comigo.
O Banzo Trio é mais um daqueles milhares de trios que surgiram no início da década de 60 (64-66) no Brasil. Poderíamos dizer: "A Era Dos Trios".
O Banzo se formou alí pelos anos de 1964, no Rio de Janeiro. Primeiramente gravam um compacto duplo, como se dizia na época (1965), e, em 1966 gravam um LP com Lita nos vocais.
Tenho pouca informação sobre a rapaziada, mas vou completando a medida que os amigos me forneçam informações.
O pianista, Nelson Racy, era o centro das atenções, como vocês podem comprovar. Aliás, como em todo trio. Engraçado, esse time tinha tudo para ir mais longe, ficaram no sereno. Bons músicos, uma pegada forte e precisa, não se ouve nenhuma derrapagem entre as pretas e as brancas, coisa rara entre os pianistas mais apreçados, querendo mostrar serviço. Nelson Racy era bom. Não tenho mais notícias.
* Infelizmente não tenho nenhum desses discos, quando pintar eu coloco na pista. Um abraço e vamos dormir.
Músicas 01 - Se É Questão De Adeus Até Logo (Tom/Dito) 02 - Não Tem Perdão (Ivan Lins/Ronaldo Monteiro) 03 - Reflexos (Luiz Eça) 04 - Gazela (Arlette Neves/Bebeto) 05 - Mestre Bimba (Luiz Eça /Hélcio Milito/Adalberto) 06 - Ossaim - Bamboxé (-Antônio Carlo/Jocafi/Ildázio Tavares) 07 - Em Casa (Luiz Eça/Carlos Vereza) 08 - Pra Machucar Meu Coração (Ary Barroso) 09 - Quadros (Luiz Eça) 10 - Não Tem Nada Não (Eumir Deodato/Marcos Valle/João Donato) 11 - O Homem (Luiz Eça) 12 - Morada (João Bosco/Aldir Blanc) 13 - Amanhangá (Tom/Dito) 14 – Infinito (Luiz Eça/Hélcio Milito/Adalberto)
* Vocês devem estar reparando que estou colocando diverso discos do Tamb aqui. É que estou pensando em escrever algo sobres esses músicos sensacionais.
Visitar o atelier do “suíço-buziano” Jean Philippe Schroeder é um passeio a uma Búzios que quase não existe mais. A primeira coisa que notamos é o modo de vida das pessoas que habitam a casa-atelier. Não existe um canto da casa que não seja charmoso e onde não seja evidente que alí a arte e a vida se encontram. Localizado em um dos lugares mais bucólicos e desconhecidos de Búzios, a Vila de Pescadores da Praia Rasa, de onde surfistas partem bem cedo para a Laje da Rasa, pescadores locais para a pescaria matinal e kitesurtfista para o melhor velejo da região, o atelier fica na entrada ou saída (como queiram) de Búzios. O cheiro da comida vindo do fogão à lenha, as sessões de jazz, blues e rock à noite extrapola os limites do atelier do artista em ação. No quintal, mesas e cavaletes aproveitam o espaço a beira mar. O luar intenso, a brisa matinal com seu vento úmido e fresco, abre uma paisagem para uma manhã orvalhada de um sol maravilhoso e quente. Velas ao vento. “...Avistei no meio do mar uma luzinha humilde. Peguntei: É uma ilha? Não, falou o francês, é a península de Búzios...” Como tudo começou (relato) “Eu descobri Búzios num acaso quase mágico há quarenta anos, o que faz de mim um dinossauro da comunidade interrnacional de Búzios. Minha ligação com o Brasil começa bem antes: em 1966 fui mandado para o nordeste brasileiro por uma multinacional de petróleo. Meu contrato terminado, fiz uma missão humanitária na África (Guerra do Biafra, na Nigéria), mas a saudade bateu e decidi voltar para o Brasil como imigrante. Fiquei um ano em São Paulo numa firma suíça, uma chatice... Então, larguei a engenharia comercial e procurei um lugar à beira-mar a fim de montar um restaurante... Depois de testar Itacuruçá (muito borrachudo), passei um fim de semana em Rio das Ostras, onde um francês tinha um restaurante e alugava quartos na praia. Numa dessas noites estreladas, avistei no meio do mar uma luzinha humilde. Perguntei: É uma ilha? Não, falou o francês, é a península de Búzios, lá não tem nada...
E assim, no dia seguinte, cheguei num fim de tarde e tomei o meu primeiro pileque buziano no bar do Ramon Avellaneda, lá na Praia da Armação. Fiquei sócio do Ramon, depois comprei a parte dele e montei "O Pirata”. Tínhamos um piano. Nele tocou muita gente como João Donato e outras feras. O Pirata acabou em 1977 e voltei para a Suíça já casado e com um filho para nascer. Em 1985, fiquei desempregado e sobrou tempo para me dedicar à arte (durante oito meses recebia 80% do último salário - um sonho de artista). Assim, no ano seguinte, desembarquei em Búzios com a família e continuei a pintar, tocar piano e cozinhar”
É fantástico falar ou divulgar tudo que tem de bom aqui.
* Esse texto eu adaptei ao meu sabor do Jornal Búzios Today de Out-Nov 2012.