Músicos
Amilson Godoy (piano)
Jurandir Meirelles (contrabaixo)
José Roberto Sarsano (bateria)
Músicas
1 - Maria Moita (Carlos Lyra/Vinícius de Moraes)
2 - Preconceito (Adilson Godoy)
3 - Sou Sem Paz (Adilson Godoy)
4 - Disa (Johnny Alf)
5 - Resolução (Edu Lobo/Rui Guerra)
6 - Reza (Edu Lobo/Ruy Guerra)
7 - Balanço Zona Sul (Tito Madi)
8 - Saudade (Sílvio Cezar)
9 - Amor de Nós Dois (Luis Chaves)
10 - Raízes (Denis Brean)
11 - Só de Saudade (Adilson Godoy)
O Bossa Jazz Trio nasceu em 1964, na efervecência da beatlemania e da Jovem Guada, o tal do Iê-Iê-Iê. Sem esquecer que o Brasil entrava no período de sombras com a ditadura militar. Essa garotada nascida durante a Segunda Guerra Mundial, em São Paulo e Rio de Janeiro, dava os seus primeiros passos rumo a um tipo de música que mais tarde seria rotulada de MPB. Os Festivais ajudaram bastante nesse processo de formatação dessa nova proposta. O Trio após participar de uma apresentação no teatro da Universidade Mackenzie, em São Paulo, é convidado para gravar seu primeiro disco. A formação ainda era com Bené (João Benedito) no piano, Nelsinho (Nelson Aquino) no contrabaixo e José Roberto Sarsano na bateria. A garotada, na faixa dos seus 18 anos, emplaca de cara um petardo: Balanço Zona Sul de Tito Madi. Depois todo mundo gravou.
Em 1965, grava o segundo disco, este que está aí em cima. Com o sucesso é convidado para participar das apresentações no Teatro Paramount (São Paulo) e acompanhar Elis Regina. Bola dentro. Todos crescem juntos: Elis e o Trio.
Já com nova formação: Amilson Godoy nos teclados, Jurandir Meirelles no contrabaixo e José Roberto na bateria o Trio lança em 1966 o disco Bossa Jazz Trio Vol. 2 e 2 Na Bossa – Vol. 2.
No mesmo ano, gravam com Elis um dos seus melhores discos, simplemente Elis. Sucesso total, o disco é um dos mais vendidos no ano. Ganham fama internacional e viajam para a Europa com a baixinha. Em 1968, na França, com o estrondoso sucesso de Elis no II Festival “Miden” do Disco em Cannes, gravam Elis Regina – Upa Neguinho em Canes. Pauleira.
Em 1969, José Roberto Sarsano, sai de cena e vai trabalhar como TI (Tecnólogo da Informação) em grandes empresas internacionais. Acabou o Trio.
Não acabou não. A galera volta a se encontrar nos anos 2000 com o mesmo entusiasmo de sempre e nos brinda com essa pérola que catei no Youtube. Não resistiram. O tesão de tocar juntos é demais, agora com seus cabelos brancos e botando pra quebrar como sempre. Amilson Godoy, com rabinho de cavalo no seu piano, Juradyr Meirelles, cabelos brancos, com seu contrabaixo acústico e Sarsano na batera, nos trazem o melhor da MPB. Música de Chico Buarque, Sonho De Um Carnaval, com a sonoridade inconfundível do Bossa Jazz Trio. E tem muito mais aí nos Youtubes, é só procurar. Os caras sempre foram bons. A onça fica velha mas não perde a pinta. Bons ventos nos sopram, ainda é carnaval.
Resumindo: os velhinhos vão fazer 50 anos na pista e ainda tem muita música boa pra rolar. Não é mole não.
Em 2005, Sarsano publica o livro “Boulevard des Capucines”, onde conta a história da sua vida musical com Elis Regina e o Bossa Jazz Trio. Boa leitura.
http://www.jrsarsano.com.br/htdocs/index.asp é o link do Projeto Boulevard des Capucines do paulistano e baterista do Bossa Jazz Trio, José Roberto Sarsano. Vale a pena dar uma conferida pois contém muitas informações sobre esse grande grupo.
* Esse disco é muito bom. Se não acharem, falem comigo.
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