Nasceu
em São Paulo, em 15/01/1929.
Buda,
um dos maiores trompetes do Brasil, sempre foi um músico de orquestra. Começou
a carreira na Orquestra de Walter Guilherme, ainda na década de 1950. Depois,
sempre como solista, trabalhou com Sylvio Mazzuca e com Simonetti (1924-1978).
Com Mazzucca, trabalhou, com idas e vindas, de 1957 a 2003, quando Mazzucca
(1919-2003) faleceu.
Na
realidade, Buda começou sua carreira na efervescência das noites de São Paulo
nos anos 1950. Nesse período bares e boates se tornaram ponto de encontro da
“elite” paulistana. A Oásis era a mais famosa. Você podia assistir Hebe Camargo
ou Edith Piaf com acompanhamento desses grandes músicos da noite. É mole? Essa
é a escola de Buda. Você podia assistir Lucho Gatica, Sarah Vaughan, Jaqueline
Baker, Gergório Barrios e outros. Mais tarde Sarah Vaughan volta ao Brasil e
tira uma onda com Simonal no auge da carreira. Sarah volta mais tarde e grava
um disco só com música brasileira. Já estava em casa. Mas aí é outra história.
Buda
também tocou nos “inferninhos” (boates de 3ª categoria), onde a bebida mais
pedida era o conhaque. Na Oásis, só whisky.
Seu
irmão, Geraldo Auriani (Felpudo), outro monstro do piston (trompete), quando
Buda completou 20 anos, o levou para a Rádio Cultura.
A
competência e a versatilidade de Buda o levou a gravar com grupos de diversas
tendências musicas, sem preconceito, embora tenha confessado, uma vez, que
músico não gostava de carnaval. Mas, não é bem assim, vide sua participação no
disco das Frenéticas, em 1978, que é quase um carnaval. O músico quando é bom
não escolhe estilo, toca tudo. Assim é com Buda.
1957 – Buda - Orquestra Simonett
1962
– Buda - Orquestra Dick Farney
1964 – Buda - Os Sincopados
1966
– Buda - Sambossa 5
1966
– Buda - Octeto de Cesar Camargo Mariano
1967
– Buda Show em Simonal
1971
– Buda - “Fogo Nos Metais” – Portinho e sua Orquestra
1972 - Paulinho Nogueira - Dez Bilhões de Neurônios.
1973
– Buda - S.P./73 – Hareton Salvanini
1972 - Paulinho Nogueira - Dez Bilhões de Neurônios.
Seu irmão Felpudo também está nessa bolacha aí.
1974
– Buda - Orquestra de Nelson Ayres.
1978
– Buda - As Frenéticas - Caia na Gandaia.
1978
– Buda - Eduardo Gudin – Coração Marginal
1980
–Buda - Heraldo do Monte – Chuva Morna
1980
–Buda - Theo de Barros – Primeiro Disco
1980
– 8,9 e 10 de maio acompanha Tony Bennet no Palácio das Convenções do Anhembi,
SP. O seu irmão Geraldo Auriani (Felpudo) também participa dessas
apresentações.
Anos
1980 – Acompanha Ray Connif, Tony Bennet, Burt Bacharach e Johnny Mathis
1983
– Milton Nascimento – “Ao Vivo” - Palácio das Convenções do
Anhembi
Show Up Big Band
Trompetes
Edgar Batista (Capitão)
Dorival Auriani (Buda)
Settimo Paioletti
Nahor Gomes
Trombones
Walter Azevedo
Arlindo Bonadio
Luis cruz
Fernando Chipoletti
Saxofones
Demétrio Lima (Satanás)
Paula Valente
Hector Costita
Isidoro Logano (Bolão)
Ubaldo Versolato
Piano
Roberto Bomilcar
Guitarra
Jarbas Barbosa
Contrabaixo
Roberto B.H. de Azevedo (Capacete)
Bateria
Antônio Almeida (Toniquinho)
Participação
Odilon
Quase uma biografia.
Homenagem a Dorival Auriani no 2 Jazz Trumpet Festival.
2010 – Conselheiro da Ordem dos
Músicos do Brasil
*A finalidade do blog em abordar
a carreira desse grande músico partiu de uma curiosidade minha. Afinal, eu
sempre lia nas contracapas dos antigos LP’s o nome de Buda no trompete, da
mesma forma que via assinalado Azeitona, Felpudo, K-Ximbinho, Capacete, Xu e
muitos outros. Eu queria saber quem são essas feras, com esses apelidos exóticos, que para nós leigos não diz nada, que às vezes eu esbarro por aí. São inúmeros
discos, em diversos estilos, às vezes como solistas outras vezes apenas lá no fundo
acompanhando e dando o clima que o intérprete ou o maestro exige. Grandes
músicos. Quem são eles? Eu como músico amador, sempre me liguei mais nas
harmonias e nos arranjos, daí minha curiosidade. Nesse espaço tento descobrir
um pouco sobre essa gente. A maior parte da minha pesquisa é feita na Internet
e pelos Googles da vida, embora eu tenha alguns dos discos que menciono acima.
Espero que as pessoas que chegam até aqui se surpreendam com esses músicos e
sirva como um ponto de referência para àqueles que pretendam seguir a carreira
de músico. Assim como eu, a partir de Dorival Auriani “Buda”, pude conhecer o
mundo mágico do trompete. O instrumento não é fácil como parece, precisa de
muitas horas de dedicação. Mas vale a pena.
Para quem gosta do assunto, aí vai
um link legal:
Essa é apenas uma ponta de um iceberg, Esse cara é um monstro,
Bons sons.
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