Leo Gandelman estava devendo um disco como esse para se posicionar entre os grandes músicos brasileiros. Escolheu um repertório difícil, embora conhecido, mas complicado para quem não é do mundo do choro. Parabéns! Confesso que me surpreendi. Ouvi diversas vezes o disco. Saiu em 2013. Pouca gente comprou. Como sempre a música instrumental no Brasil é para poucos. Você vai ao lançamento, compra um exemplar, e depois sumiu. Discão! Recomendo. Quem não comprou, fale comigo.
Mais informações no site: http://leogandelman.com.br/ventosdonorte/
Ventos
do Norte resume a contribuição
dos saxofonistas oriundos da região Nordeste na consolidação de um estilo
brasileiro de saxofone, através da recriação da música composta por eles para o
instrumento ao longo do século XX.
O título fala em
Norte e não em Nordeste, como seria geograficamente mais preciso, pois era
assim que os antigos se referiam a sua própria imigração: quando vim do Norte.
Por outro lado, a música desses craques chegou ao Rio de Janeiro impulsionada
por um vento forte que veio da América do Norte e que ajudou a popularizar o
saxofone: o jazz.
O primeiro a
chegar ao Rio de Janeiro, em 1921, foi Luiz Americano Rego (Aracajú SE,
1900-1960) e pouco tempo depois já estava gravando na Odeon. Em 1928 fez
temporada na Argentina tocando no conjunto do baterista americano Gordon
Stretton, um pioneiro do jazz. No ano seguinte, iniciou uma extensa discografia
de solista, dividida entre o saxofone e o clarinete. O choro sambado “Dancing
Avenida” foi lançado em 1935 e andava meio esquecido enquanto “Sorriso de
cristal”, gravado mais para o fim da vida de Americano, tornou-se uma de suas
obras mais lembradas.
Em julho de 1921,
Pixinguinha e os “Oito Batutas” foram tocar em Recife. Na abertura dos
espetáculos atuava a prata da casa, tendo como destaques Jararaca no violão e
voz e Ratinho (Severino Rangel de Carvalho (Itabaiana PB, 1896-1972) no sax
soprano.
Com o nome de Turunas Pernambucanos, o grupo veio para o Rio no ano seguinte e aqui atuou até 1925. Ratinho formou então com Jararaca a famosa dupla caipira, que intercalava números de humor com solos instrumentais. O clássico “Saxofone, por que choras?” e o maxixe “Vamos pra Caxangá” ilustram bem a verve saxofonística desse pioneiro na divulgação do sax soprano em terras brasileiras
Com o nome de Turunas Pernambucanos, o grupo veio para o Rio no ano seguinte e aqui atuou até 1925. Ratinho formou então com Jararaca a famosa dupla caipira, que intercalava números de humor com solos instrumentais. O clássico “Saxofone, por que choras?” e o maxixe “Vamos pra Caxangá” ilustram bem a verve saxofonística desse pioneiro na divulgação do sax soprano em terras brasileiras
1 comentários:
Muito Obrigado por informar amigo !
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