terça-feira, 18 de setembro de 2012

O Som Arranhado do Vinil

O som arranhado do vinil ou o som do vinil arranhado.

Disco, história, tempo, memória. Na estante, ao lado daquele velho bolachão preto do Milton que me convida para o clube da esquina, outras capas multicoloridas e sedutoras me atraem mais. Não consigo me desvencilhar da flautinha, da gaitinha e daquele som lisérgico, doidão e maravilhoso do velho sargento pimenta. O disco é novo, comprei agora. O som digital é melhor, o mp3 é o máximo. Você ouve o estéreo perfeito que lhe invade o tímpano, quase quebra tudo, joga fora, fica livre do arranhado do vinil, mas sente falta daquelas tardes, daquelas noites de doideira, daquele corpo arranhado. Cada faixa são três minutos de tesão, 12 ou 13, lado A, lado B, o disco é bom. Meu pick-up tem saudades do vinil arranhado e quer mais. Quer aquele som do Pixinguinha, aquele samba de Noel, o cavaquinho do Paulinho, aquelas noites de rock, Beatles, aquelas tardes insanas de sábado quando te via e te podia pegar nas mãos.

Beijos,
José

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