sábado, 21 de maio de 2011

Rosinha de Valença ao Vivo - 1966



Músicos
Rosinha de Valença (violão)
Osmar Milito (piano)
Paulo Moura (sax e clarineta)
Edson Machado (bateria)
Dório (baixo)


Músicas
01 - Upa, Neguinho (Edu Lobo e Guarnieri)
02 - Acalanto (Dorival Caymmi)
03 - Lamento (Pixinguinha)
04 - Fogo Na Roça (Codó)
05 - Doce De Coco (Jacob Bitencurt)
06 - Você É Um Colosso (Noel Rosa)
07 - Curta Metragem (M. Einhorn e A. Costa)
08 - Uma Noite No Havaí (Codó)
09 - Vou Pra Valença (Rosinha)
10 - Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro)
11 - Tema Pro Luiz Eça (Murilo Pessoa)


“A Menina
Foi num dia 30 de julho que nasceu, na cidade de Marquês de Valença, Estado do Rio, uma menina que viria a ser, anos depois, o mais ilustre membro da comunidade Batizada com o nome de Rosa e chamada por todos pelo diminutivo de Rosinha, cresceu ouvindo música e sempre muito interessada no violão de seu irmão Roberto, que dirigia um conjunto regional e tocava em bailes e festinhas locais. Rosinha, quando não havia baile e quando Roberto não estava em casa pegava o violão e tentava tocar. Era tudo escondido porque a família não achava bem uma menina tocando violão, mas quando aos 12 anos ela surpreendeu os parentes a tocar tudo aquilo que o irmão tocava, e que ela aprendera somente observando as posições que ele fazia nos ensaios do regional, aí não houve mais jeito e deixaram que ela tocasse à vontade. Sem professor, sem nada, Rosinha ligava o rádio e ficava escutando, ora Luís Bonfá, ora Dilermando Reis, foi com um número deste, “Sons de Carrilhões”, que ela ouviu num programa da Rádio Nacional, que Rosinha fez a sua primeira apresentação em público.

A Moça
Foi na ZYM 7, Rádio Clube de Valença, que ela recebeu os primeiros aplausos e onde conseguiu o seu primeiro emprego: Acompanhando crianças que cantavam num programa infantil de calouros. Mas isso era de dia. De noite se exercitava e tentava, cada vez com mais facilidade, executar o que ouvia os grandes violonistas profissionais tocarem no rádio. Foi em agosto de 1963 que veio ao Rio e tocou por tocar, numa reunião em casa de amigos. Os presentes ficaram muito impressionados com o seu domínio do instrumento e u deles, mais tarde, insistiu para que eu ouvisse Rosinha. Nessa época, “Au Bon Gourmet” era o local onde se realizavam os melhores shows musicados do Rio. Ela foi, tocou e Virou Rosinha de Valença, apelido que fez jus por tocar por uma cidade inteira. Agora, ela é uma das mais aplaudidas artistas brasileiras no estrangeiro, já tocou em muita cidade grande dos Estados Unidos, do México e do Canadá. Entre o seu sucesso no Novo Mundo e o seu futuro êxito no Velho Mundo, uma vez que Rosinha embarca brevemente para a Alemanha e depois se apresentará em várias outras capitais européias, gravou este elepê para a FORMA.

A Música
O acompanhamento básico para o violão de Rosinha nesta seleção está baseado no quarteto do baterista Edson Machado, com Dório no contrabaixo, Paulo Moura na clarineta e no sax-alto e o pianista Osmar Milito. Moura, aliás, é o autor dos arranjos de circunstância em A Banda, a marcha de Chico Buarque de Holanda, em Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, no qual juntou-se também um quarteto de cordas, e Vou Pra Valença, um tema em ritmo de samba, autoria da própria Rosinha e sobre o qual improvisa. Em Upa, Neguinho de Edu Lobo e Guarnieri, o arranjo é de Osmar. Em todos os números restantes os arranjos são de Rosinha, e a maioria desses números foi gravada tal como foram lançados, ao vivo, no show que ela terminou de fazer no “Cangaceiro”, com o quarteto de Edson. Há ainda a registrar o fato dela tocar com seu irmão Roberto, o mesmo que lhe ensinou involuntariamente o gosto pelo violão, o dolente choro de Jacob Bittencourt, Doce de Coco, e o não menos dolente choro de Pixinguinha, Lamentos. Rosinha canta também: em A Banda e Você é um Colosso, um samba de Noel, inédito, no dizer de Aracy de Almeida, que foi quem lhe ensinou o número”.

Esse texto foi extraído da contracapa do disco, e é assinado por Sérgio Porto, seu admirador. Sérgio Porto faz referência à música do Chico a Banda que não consta no disco, embora ela apareça na relação. Coisas de gravadora pequena como era a FORMA.

Rosinha de Valença (Maria Rosa Canelas) nasceu em Valença RJ em 30 de Julho de 1941. Ainda criança começou a se interessar por violão, assistindo aos ensaios do conjunto regional de seu irmão Roberto. Estudou sozinha, ouvindo musicas de rádio, e aos 12 anos já tocava violão num regional que animava bailes e na Radio de Valença, acompanhando cantores. Em 1960 abandonou os estudos para se dedicar a carreira musical, indo para o Rio de Janeiro RJ em 1963. Através de Sérgio Porto, conheceu, na boate Au Bon Gourmet, o violonista Baden Powell e Aluísio de Oliveira, produtor da gravadora Elenco, que a contratou para gravar seu primeiro disco, Apresentando Rosinha de Valença. Seu nome artístico foi criado por Sérgio Porto, que costumava dizer que ela tocava por uma cidade inteira. Ainda em 1963, foi sucesso durante oito meses na boate carioca Bottle's. Seguiram-se apresentações em televisão, rádio, teatro e outras casas noturnas, e em maio de 1964 apresentou-se no show O fino da bossa, no Teatro Paramount, em São Paulo SP. No fim do mesmo ano, excursionou durante oito meses pelos EUA com o conjunto Brasil 65, de Sérgio Mendes, e gravou dois discos. Viajou novamente no final de 1965, participando como solista de um grupo de musica brasileira, patrocinado pelo Itamaraty, que se apresentou em 24 países europeus. Foi a violonista do espetáculo Comigo me desavim, de Maria Bethânia, em 1967, e no ano seguinte iniciou uma série de apresentações na URSS, Israel, Suíça, Itália, Portugal e países africanos, voltando ao Brasil em 1971. Trabalhou então com Martinho da Vila, participando de seus quatro LPs seguintes. Realizou depois novas tournées no exterior, e de volta, em 1974, organizou uma banda que teve varias formações e contou com a participação de artistas como o pianista João Donato, o flautista Copinha e as cantoras Ivone Lara e Miúcha. Um dos espetáculos da sua banda foi gravado pela Odeon, que lançou em 1975 o LP com o titulo Rosinha de Valença e banda. Tem ainda 11 LPs editados no Brasil, EUA, RFA. e França, em diversas marcas, entre as quais RCA, Odeon, Forma, Pacific Jazz e Barclay. Abandonou a carreira artística algum tempo depois, por motivos graves de saúde.
Rosinha faleceu em Valença, RJ, em 10 de junho de 2004.


Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Art Editora e PubliFolha

Dedico tanto espaço a essa excepcional violonista pelo fato dela ter sido um dos nossos maiores virtuoses e nós no Brasil não temos o hábito de preservar a memória dos grandes artistas. São eles que levam o nome do país mundo afora, são eles que nos fazem ser reconhecidos e respeitados. E dá dinheiro. Charlie Parker, Billie Holiday e Louis Armstrong volta e meia ainda geram uma graninha.

Vejam vocês: Paco de Lucia, o nosso garoto Rafael Rabelo o colocou no bolso. Charlie Byrd e Wes Montgomery não dão nem pra saída com o nosso menino maluquinho Baden. E quem é páreo pra nossa Rosinha? Se vocês quiserem alimentar essa polêmica, me mandem nomes.

Estou só no violão. Podemos ir pra Jacob do Bandolim, Raul de Souza, Luizinho Eça, Moacir Santos e outras feras que estão esquecidas. Mas aqui neste espaço todos serão exaltados e sempre lembrados.

Ainda tenho muito pra falar de Rosinha de Valença.


22 comentários:

Junior`s Jam disse...

Entrar em polemica em não vou por que estou velho pra isso. Mas sinceramente, não creio que seja verdade que Rafael Rabelo colocou Paco de Lucia "no bolso". Onde estão os videos deste encontro? Onde estão as gravações deste duelo de violões?
Onde esta a entrevista onde Paco de Lucia teria dito que Rafael Rabelo conseguia tocar as musicas de Paco de Lucia e o musico espanhol não conseguia tocar as do repertorio de Rabelo?
Caimos (guardada as diferenças) quando no primeiro Rock in Rio realizado em 1985 algumas bandas de rock brasileiras deram entrevistas dizendo que o som na hora da que esses grupos estavam se apresentando estava sendo "sabotado" em favor das bandas internacionais.
Tá bom...o Queen estava com medo do "Kid Abelha e os Aboboras Selvagens" e o Rod Stewart estava preocupadissimo com o Lulu Santos.
Escrevo isso apenas pra que fique claro uma coisa:
Rafael Rabelo, Baden Powell e Rosinha de Valença (que inclusive eh da terra da minha mãe) foram musicos maravilhosos, mas pra botar no bolso essa gente que voce escreveu acima...sei não.

José Carlos disse...

Parceirinho você misturou tudo. Queen com Kid Abelha é sacanagem. Rod com Lulu, outra sacanagem. Eu até gosto do Lulu no começo. Agora Rafael, Baden e Rosinha eu vou comprar a briga. Vou pra cima. Vou colocar no ar tudo que tenho desses pangarés pra provar que eles não chegam aos pés da nossa turma. No violão não dá pra saída. Me espere.

Junior`s Jam disse...

Voce então não leu direito o que eu escrevi e olha que fiz questão e explicar (no minimos detalhes).
Eu coloquei os acontecimentos verdadeiros que ocorreram no Rock in Rio 85 pq as vezes temos a tendencia achar que somos superiores ou iguais a musicos de outras nacionalidades, fica aquele complexo tipo "Se eu tivesse nascido nos USA ou Europa seria reconhecido".
As vezes acontece isso, mas nem sempre é assim.
Se voce prestou atenção no que eu escrevi, prestei total admiração a todos estes maravilhosos musicos e reconheci pq conheço bem a obra musical deles, principalmente da Rosinha Valença por ser da cidade natal da minha familia, sei de toda tecnica e feeling desses dois musicos.
Apenas achei na minha humilde opinião que "Botar no bolso" alguem como Paco de Lucia é uma declaração até mesmo para um fã do Rafael Rabelo bem exagerada.
Por isso perguntei aonde estão as filmagens, o audio a as declarações de Paco de Lucia sobre este encontro que deixou um dos maiores ou o maior violonista espanhol ( e pq não escrever europeu) literalmente com a "viola dentro do saco" ou como voce escreveu Rafael Rabelo o teria colocado "no bolso". Não precisa se preocupar, não precisa brigar pq reconheço a importancia de todos os que voce escreveu. Mas achei mais uma opinião de fã do que de criterios verdadeiros musicais.

José Carlos disse...

Sinceramente ainda não achei o local que foi postada esta declaração. Quando ele veio ao Brasil saiu bastante coisa nos jornais. A Sônia é fã do Paco de Lucia e por isso acompanhei essa sua vinda. Mas voltando a polêmica, gostaria de conhecer um disco do Paco em que ele esteja tocando outro estilo de música que não seja o Flamenco. Pode ser que tenha e eu não conheça. Por isso acho que o Rafael era mais músico que ele. Tocava de "Cai cai balão", ao choro, samba, clássico, bossa, jazz,etc. Só não me lembro tocando rock. Mas com sua técnica acho que não seria problema.
Coloquei uma entrevista dos dois aqui no blog. Depois de uma olhada.

Junior`s Jam disse...

Tudo bem, acho interessante esta visão, para muitos, o musico completo é aquele que toca varios estilos musicais.
Eu particularmente não concordo, mas isso é apenas a minha modesta opinião.
Sera que Neil Peart (baterista do Rush)é menos musico que Milton Banana? Fica a duvida.Sera que o grande Milton Banana conseguiria tocar rock and roll progressivo? Acho que não... ele nem sabia o que era isso e Neil Peart sabe como se toca samba? Acho impossivel.
E quem é mais musico?
Poxa Zé...o grande colecionador de discos, a enciclopédia musical do Bar do Mariano, o mito da Village Cds...não sabe que o Paco de Lucia gravou 3 albuns junto a John Mclaughlin e Al di Meola...indico o "Friday nigth in San Francisco" que todo mundo comprou na época que foi lançado. Os 3 musicos tocam entre outras coisa "Frevo Rasgado" do Gismonti e peças do Return to Forever (jazz com rock ou fusion como preferem outros).
Tem outro album deste trio (que eu tambem tenho e facil de baixar na rede) que se chama "The Guitar Trio" onde tem um SAMBA...isso mesmo um SAMBA..."Manhã de Carnaval"
Se voce quiser alem de ouvir...ver, te empresto o DVD "Live" que tem o Paco, McLaughlin e Larry Coryell tocando varias musicas da Mahavishnu Orchestra (rock progressivo com jazz).
Enfim...provei o que voce já sabia...

José Carlos disse...

Eu gosto de polemizar, sempre aprendo algo, ou pelo menos, me desperta a curiosidade. Engraçado, eu tinha postado algo aqui e sumiu. Vamos ver se me lembro.

Todo músico tem a sua preferência, a sua identificação, assim como todos nós. Mas estamos falando de músico na concepção da palavra. Estudou música, se formou em música, levou a coisa a sério, ralou. Em qualquer escola, da mais chumbrega até a Berkeley da vida, você estuda tudo. Pra começar são alunos com formação diferente, objetivo diferente, cultura diferente, níveis diferente. Você cumpre um programa, independente do seu instrumento e do seu gosto pessoal. Formou, está pronto pra tocar tudo. Com um detalhe, em música não tem cola, ou toca ou não toca.

Neil Peart e Banana. Lógico que tecnicamente o primeiro é melhor. Tem muito mais recurso, mais estudo. Banana era intuitivo, pegou uma bateria que estava lá parada num canto que só era usada em orquestra e começou a acompanhar os músicos no início da Bossa. Isso não existia. Tai a sua sacada. Criou uma batida nova. Talvez nem ele soubesse que estava criando algo novo. Hoje se algum baterista tocar igual à Banana provavelmente não se formará em nenhuma escola. Charlie Parker não tinha saco de decorar escala e inventou uma forma de tocar as escalas dentro de qualquer tom. A velocidade que ele conseguia era impressionante. Improvisava qualquer coisa na hora, tudo através desse método intuitivo que ele sacou. É outro gênio. Hoje todo cara que estuda sax já começa nessa água. Não conheço nenhuma sacada nova do Neil Peart. Deve ter. Banana era chamado para acompanhar Tom, Frank e orquestra. Na época não era pouca coisa não.

Mas vamos ao Paco. Nesse disco, Friday Nigth In San Francisco, que eu tenho ainda no formato bolacha, Al Di Meola e Mclaughlin fazem a cama para ele. Na realidade ele nem toca em todas as faixas, só naquelas que se sente confortável. É chato isso. Músico ali é o Di Meola, esse é ruim de encarar. Pra mim é um dos maiores violões ou guitarra, como preferir, que já ouvi. Tenho sua discografia completa. Vai ao que pintar. Além de uma característica do grande músico, faz a cama para outros aparecerem. Sem falsa modéstia. Mclaughlin se arrisca e aprende, ensina. Gosto muito. Mas ficou naquela de velocidade e esqueceu que a música tem pausa. Como dizia meu professor de Prática de Conjunto. Meu filho: - A pausa faz parte da música. Como já disse, se você conhece algum disco do Paco não tocando Flamenco me apresente. Pode ser que eu mude de opinião.

Manhã de Carnaval é uma das primeiras músicas que o principiante aprende a toca em qualquer escola. É mais batida que Green Sleeves. Não chega nem ser um samba, embora tenha sido escrita em 2/4 que depois o americano passou pra 4/4 porque pra eles a síncope do 2/4 era difícil de tocar. Hoje qualquer débil mental já assimilou isso. Ou seja, é música de harmonia simples pra quem começou a aprender improvisar. Pro Paco é perfeita, música em tom menor com progressão 2/5/1: é aquele Am com Bm7(5b), E volta pra Am. Deitou e rolou. Não é coisa pra gente grande. Frevo Rasgado e Return to Forever já são difíceis. Acho que não tenho essa bolacha. Manda pra mim. Vou conferir.

Agora, guitarra mesmo é o Satriani. Esse é bom. Depois eu falo dele. Fui descobrir não faz muito tempo, embora já tivesse ouvido. Nem sempre a gente presta atenção. Por isso é que às vezes se comete injustiça.

Junior`s Jam disse...

Bom...entendi e acho que voce me entenddeu agora...UFA.
Tem sempre uma ou outra coisa que eu não concordo.
Não vou entrar no merito se "Manhã de Carnaval" é uma musica facil de se tocar ou não.Mas foi gravada por Paco de Lucia ( que sola na musica)
Se fizeram "cama" pra ele, acho que não é problema, o importante é que ele gravou.
Se voce realmente tem o disco "Friday Nigth in San Francisco" vai na faixa 3 ou melhor a primeira do lado B é só virar o disco e ler no rotulo.
Ainda falando no disco Friday Nigth in San Franciso escute a faixa "Short Tales of Black Forest" e leia o nome do autor,esta é do Return to Forever.
No dvd "Live" o espanhhol toca musicas (duas) da Mahavishnu Orchestra.
No meu texto anterior eu apenas respondi sua pergunta. Voce me perguntou se o Paco de Lucia tinha gravado coisas alem do Flamenco. Voce tem um disco em vinil que prova isso, ele gravou outras coisas, agora voce tem que escutar o album.
Satriani toca muito e tambem é uma simpatia, toca rindo e brincando com o publico. Particularmente acho o repertorio dele chato, gosto de uma ou outra coisa, prefiro o Steve Vai que inclusive foi aluno do Satriani. De novo não entrarei no merito de quem toca mais pq isso é papo de adoslescente, apenas é meu gosto particular

Junior`s Jam disse...

"Músico ali é o Di Meola, esse é ruim de encarar"
Esqueci de comentar esta sua declaração no texto acima.
Só para completar no meu gosto John McLaughlin mesmo sendo o "ligeirinho" da guitarra e Paco de Lucia tambem são MUSICOS com M maiusculo e tambem são "ruim de encarar" Talvez seja por isso que se juntaram e volta e meia fazem discos, videos e tours a muito tempo.
Esses 3 não se juntam com qualquer um...

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