domingo, 19 de setembro de 2010

César Camargo Mariano - Octeto - 1966



Músicos
Cesar Camargo Mariano (piano)
Airton Moreira (bateria)
Ditinho (Benedito Pereira dos Santos) – (trombone)
Bolão (Isidoro Longano) – (sax tenor)
Boneca (guitarra) - não sei seu nome
Felfudo (Geraldo Auriani) – (trompete)
Humberto Clayber (baixo)
Maguino de Alcântara (Maguinho) – (trompete)

Em algumas músicas ainda aparecem:
Buda (Geraldo Auriani) – (trompete)
Sabá (Sebastião Oliveira da Paz) – (baixo)
Toninho Pinheiro (bateria)
Heraldo do Monte (violão)


Músicas
1. Samblues (César Camargo Mariano)
2. Sambinha (César Camargo Mariano e Umberto Clayber)
3. Margarida B (César Camargo Mariano)
4. Desafinado (Antônio C. Jobim e Newton Mendonça)
5. Champagne And Quail (Henri Mancini)
6. Barra Limpa (César Camargo Mariano)
7. Vem (Marcos Valle e Luiz F. Freire)
8. Pra Machucar Meu Coração (Ary barroso)
9. Blues for Mancini (César camargo Mariano)
10. Menina Flor (Luíz Bonfá e Maria Helena Toledo)
11. Triste Amor Impossível (Walter Santos e Carlos Paraná)

Neste excelente disco César Camargo faz uma mistura brilhante de jazz e samba. É um disco referência. Imperdível. Já foi relançado em CD.

César Camargo, aos 14 anos, já era considerado menino-prodígio do jazz tocando de ouvido. Ainda garoto conheceu Johnny Alf que lhe ensinou um pouco de arranjo. Com 16 anos já era músico profissional, mesmo estudando e trabalhando em banco. Nesta época, monta um quarteto com Theo de Barros (baixo), Flavio Abbatepietro (trompete) e José Luis Schiavo (bateria).

Em 1962 forma O "Quarteto Sabá", com Sabá Oliveira (Baixo), Hamilton Pitorre (bateria), Theo de Barros (guitarra) e Cesar (piano) passa a ser, durante vários anos, a principal atração. Firma-se como importante arranjador e pianista da Bossa-Nova. Com Airto Moreira e Humberto Clayber forma o "Sambalanço Trio" e inauguram o novo clube de espetáculos em São Paulo, "João Sebastião Bar", que passa a ser o "Templo da Bossa-Nova".

Em 1966, apesar de não conhecer orquestração, sozinho ele pesquisa e começa escrever. Em seguida, grava o álbum instrumental "Octeto César Camargo Mariano" tendo na base o "Sambalanço Trio". Este que está aí em cima.

Em 1968, Eumir Deodato deixa de produzir e acompanhar Wilson Simonal e indica César Camargo. Foi uma tremedeira danada pois ele ainda não era um arranjador experiente. Mesmo assim segura a onda e passa a ser produtor, arranjador e diretor musical de seus shows. A carreira de Simonal decola de vez. Forma o "Som Três", com Toninho Pinheiro (bateria) e Sabá Oliveira (baixo), o grupo base do trabalho com Simonal, e assina um contrato de músico e arranjador com a TV Record.

Em 1971, é chamado por Elis Regina para dirigir, produzir e fazer os arranjos de seu novo show e álbum, "Elis". Para este trabalho, César monta um novo quarteto com Luisão Maia (baixo), Helio Delmiro (guitarra) e Paulinho Braga (bateria). Daí pra frente foram catorze álbuns com Elis Regina. Até a morte de Elis, com quem se casou, separou, foi, voltou, Cesar se dedicou basicamente ao trabalho de Elis. Um disco histórico de Elis (Elis & Tom) os arranjos são de César. Por exigência dela. Embora Tom Jobim tivesse outras intenções. Quase que esse disco não sai. Seria uma pena.

Em 1978, César produz e dirige o seu primeiro espetáculo de Música Instrumental, e o primeiro no gênero no Brasil: "São Paulo Brasil", com Nathan Marques (guitarra), Wilson Gomes (baixo), Crispin Del Cistia (guitarra), Dudu Portes (bateria e percussão).
Nesta mesma década, especializa-se em música para publicidade, cinema e teatro. Em 1980 compõe e grava a trilha sonora do filme “Eu Te Amo" de Arnaldo Jabor.

Em 1993 grava 2 discos: "Natural", com o quarteto formado pelos músicos Marcelo Mariano (baixo), Pantico Rocha, meu amigo (bateria) e Luis Carlos (percussão), e "Solo Brasileiro", piano-solo, gravado em Los Angeles.

Em 1994, César muda-se para os Estados Unidos. No mesmo ano, é convidado por Sadao Watanabe para produzir e fazer os arranjos de seu novo álbum "In Tempo", gravado em Nova York, com os músicos Marcelo Mariano, Pantico Rocha, Paulinho da Costa, e participação de Leila Pinheiro e Simoninha.

Em 1997 vai para o Rio para fazer os arranjos e a direção do álbum gravado ao vivo, "Casa da Bossa" (PolyGram), com o quarteto acústico formado por Romero Lubambo (violão), Nico Assumpção (baixo) e Theo Lima (bateria).

Em 2000, César co-produz e faz arranjos para o segundo album de seu filho, Pedro Mariano, que posteriormente e' nominado para o Grammy Latino na categoria pop contemporâneo brasileiro. Não gosto muito desse disco.

Em 2001, César faz arranjos para varios artistas como Johny Alf, Blossom Dearie, Carla Visi, Filo' Machado, Kevin Mahogany, Trio da Paz, entre outros.Com o show "Duo" Cesar e Romero Lubambo se apresentam nos Festivais "Punta del Este International Jazz Festival -Punta del Este - Uruguay, "Santa Fe Jazz Festival" -Santa Fe' e "Belleayre Jazz Festival"- New York - USA.

Bom, gente, como o cara nunca ficou parado, muita coisa ficou de fora. Muitos outros trabalhos foram feitos para grandes artistas da MPB e do cenário internacional neste período. E ainda continua a todo vapor. Tanto César Camargo como Eumir Deodato são 2 garotos-prodígio que nunca pararam de produzir. Aliás a carreira de ambos é muito parecida. Depois falo um pouco do Eumir.

* Esse disco já saiu pela Trama em 2006. Está no mercado. É difícil achar. 

Este disco já foi lançado em CD. É raro, mas, se procurar, acha.

1 comentários:

erick d disse...

Hola,
Eu adoro a música do Cesar Camargo Mariano..Ele foi nominado a os Grammy's muitas vezes, certo? Eu gostaria o link para download do álbum, por favor.
Obrigado.
E.